sábado, 30 de maio de 2020

Educação ambiental mantida durante isolamento social


Comitê Araranguá fornece kits educativos para alunos da escola Castro Alves conseguirem participar de aulas à distância




A educação também precisou se adaptar ao período de pandemia do novo coronavírus. Diante da suspensão das aulas presenciais, escolas e professores tiveram que se reinventar e encontrar alternativas para manter o ensino. O Comitê da Bacia do Rio Araranguá e Afluentes Catarinenses do Rio Mampituba é parceiro dos educadores e tem colaborado para que a educação ambiental permaneça ativa durante o isolamento social. Alunos do 5º ano da Escola de Educação Básica Castro Alves, em Araranguá, receberam kits com materiais educativos elaborados e fornecidos pelo comitê para acompanharem as aulas da disciplina de Ciências da professora Janete Costa.

“Nas habilidades presentes na Base Nacional Comum Curricular (BNCC) e no planejamento das atividades do 5º ano da escola Castro Alves, está inclusa a educação ambiental, onde abordamos os temas água, lixo e tecnologia. Solicitei ao comitê os materiais de apoio, os quais são foram feitos especialmente para educação infantil. São jogos e brincadeiras educativas que proporcionam aos alunos o conhecimento, de forma ilustrada, sobre as características da bacia e afluentes do Rio Araranguá. Os materiais ainda incluem os mapas da região da bacia, onde eles podem se localizar, trabalhando além da disciplina de ciências, a geografia”, explicou a professora.

Por conta da pandemia as aulas da escola Castro Alves passaram a acontecer de forma remota, por meio de uma plataforma na internet. Como nem todos os alunos possuem a tecnologia à disposição, os kits foram encaminhados para aqueles que não têm acesso ao aplicativo, sem prejudicar a continuidade da grade de aulas.

“Nós temos uma parceria com a escola. E sempre desenvolvemos atividades presenciais com os alunos. Neste momento de isolamento, a professora nos solicitou o material para que ela pudesse trabalhar de forma remota as aulas de gestão de recursos hídricos, tendo esse subsídio de material. É uma forma de desenvolver as atividades das crianças e também pensando na preservação dos recursos naturais como forma de incentivo para que os alunos pensem na importância a preservação”, afirmou a engenheira ambiental e assessora técnica do Comitê Araranguá, Michele Pereira da Silva.

Um dos alunos beneficiados foi Maikon Weingartner Soares. Ele recebeu o kit em casa e realiza as atividades com o acompanhamento remoto da professora Janete e com a ajuda da família. “Eu entendi que muita chuva causa destruição e pouca chuva faz a estiagem. Se não chover, tem a seca e falta água. Temos que preservar a natureza. Podemos reunir os moradores da nossa comunidade para buscar soluções na cooperativa para cuidar da nossa Bacia do Rio Araranguá”, relatou o aluno.

segunda-feira, 25 de maio de 2020

Comitê Araranguá lança série de vídeos sobre a estiagem em Santa Catarina

Conteúdos abordam os impactos da seca na região da Bacia do Rio Araranguá

O Comitê da Bacia do Rio Araranguá e Afluentes Catarinenses do Rio Mampituba lançou nesta semana uma série de vídeos sobre a estiagem no Estado de Santa Catarina. Os conteúdos estão sendo divulgados no feed e stories do Instagram do comitê, no @comite_araranguá, e também no stories do Facebook do Comitê Araranguá.

A proposta da série é levar aos internautas que acompanham o comitê nas redes sociais  e para o público em geral o conhecimento sobre a situação da seca na região da Bacia do Rio Araranguá. Durante os conteúdos, representantes da diretoria e das entidades que fazem parte do Comitê Araranguá respondem como: até quando vai durar a estiagem? Como posso ajudar a amenizar os impactos da seca? Qual o impacto da estiagem na agricultura? Entre outros questionamentos.

Os vídeos seguirão sendo publicados nos próximos dias nas redes sociais do Comitê Araranguá e depois seguirão disponíveis no feed do Instagram do Comitê.

Veja abaixo alguns vídeos que já foram divulgados:












segunda-feira, 4 de maio de 2020

Capacitação online aborda a gestão dos recursos hídricos aliada ao licenciamento ambiental


Curso foi realizado pelos Comitês das Bacias dos Rios Araranguá e Urussanga



Profissionais de fundações de meio ambiente da AMESC e AMREC participaram de uma capacitação online realizada na última quinta-feira, dia 30. O curso foi organizado pelos Comitês das Bacias do Rio Araranguá e Afluentes Catarinenses do Rio Mampituba e Urussanga. O tema abordado durante o encontro digital abordou o tema “A gestão de recursos hídricos integrada ao processo de licenciamento ambiental”.

A Política Nacional de Meio Ambiente, de 1981, embora tenha atualizações, traz os recursos naturais de uma maneira geral e não especifica os recursos hídricos. Depois, a Lei Federal nº 9433, de 1997, complementa e traz essas especificidades, e em seguida as legislações estaduais e os planos de recursos hídricos.

“A ideia da capacitação foi fazer o alinhamento dessas questões para obter uma melhor compreensão do processo de gestão dos recursos hídricos com a Política Nacional de Meio Ambiente. São leis e instrumentos legais diferentes e precisam de uma conexão para não deixar a gestão de recursos hídricos isolada”, disse a engenheira ambiental e assessora técnica da entidade executiva AGUAR, Michele Pereira da Silva.

Um exemplo da necessidade de integração dos processos é a Ação Civil Pública do Carvão. “Ela teve o objetivo de buscar a despoluição dos rios e execução do tratamento dos efluentes antes do lançamento. A ação é realizada nas áreas das empresas que as estão recuperando e realizando ações para minimizar os impactos, mas não são realizadas ações no leito dos rios, que recebem tratamento de forma indireta”, salientou Michele, que fez uma das apresentações da capacitação.

Quem também ministrou o corso foi o advogado Guilherme Dellacosta, especialista na área de direito ambiental e urbanístico, explanou sobre o licenciamento ambiental e os instrumentos de gestão. De acordo com o especialista, o licenciamento ambiental está no contexto da preservação do meio ambiente.

“Ele é de caráter preventivo, pois é onde o Poder Público exerce controle de determinada atividade para que possa fazer seu exercício respeitando as normas ambientais. No exercício de atividades econômicas, vários bens ambientais estão em jogo. Um desses, que deve ser protegido e priorizado, é o uso de recursos hídricos. Por isso, o licenciamento ambiental serve como instrumento essencial para o controle do uso da água no que diz respeito tanto para quantidade quanto a sua quantidade”, contou.

Documento será norteador das fundações de meio ambiente
Ao final da capacitação online, os participantes começaram a elaboração de um documento que poderá ser norteador para fundações ambientais da região. O documento preliminar pode receber sugestões até o dia 15 de maio.

“Ele complementa as instruções normativas do IMA. A ideia é aprová-lo nos comitês e solicitar que também seja aprovado na AMREC. Posteriormente será encaminhado às fundações de meio ambiente que poderão utilizá-lo como embasamento para licenciamento ambiental, evitando impactos relacionados aos recursos hídricos nas três bacias”, comenta a técnica de recursos hídricos da AGUAR, Rose Maria Adami.

Para o presidente da FUNDAVE e engenheiro ambiental, Juliano Mondardo Dal Molin, representante membro do Comitê Araranguá, a capacitação orienta técnicos e analistas para minimizar os impactos relacionados aos recursos hídricos. 

“O tema é muito relevante para os municípios, bem como para quem exerce papel de órgão licenciador ou é consultor. Atividades que estão utilizando os recursos hídricos como rizicultura, indústria, mineração, precisam ter uma gestão para redução dos impactos ambientais. Dentro disso, os técnicos, analistas, precisam buscar medidas neste sentido. Por isso importância de nos capacitarmos e entendermos mais sobre a gestão de recursos hídricos, para que possamos estabelecer regras e condicionantes às atividades e afetar cada vez menos os recursos hídricos. Assim contribuímos para o desenvolvimento da região e preservação dos mananciais”, argumenta.