Comissão, formada por lideranças de Criciúma, Maracajá e Forquilhinha, solicitou apoio do órgão, que se dispôs a analisar desdobramentos do projeto
O rio, que tem sua nascente localizada em Siderópolis,
abrange os quatro municípios, com 25km de extensão. No entanto, o atual projeto
de desassoreamento prevê a obra em apenas um trecho de 8,2km, no município de
Forquilhinha. Nesse cenário, conforme esclarece a vice-presidente da Comissão e
bióloga, Ingrid Preis de Abreu, uma das grandes preocupações está no fato de
que os resíduos e sedimentos acumulados serão retirados apenas de uma
localidade.
“Por mais que o projeto tenha o objetivo de minimizar
enchentes, ficamos apreensivos porque a água chegará com muito mais velocidade
nas demais regiões, com possibilidade de extravasar as margens. Ou seja, o
ideal seria que as intervenções começassem na parte mais baixa, onde há o
encontro entre o Rio Sangão e o Rio Mãe Luzia. Estamos buscando apoio de
diversos órgãos para que nos auxiliem a trazer novas possibilidades para que
todas as comunidades sejam beneficiadas”, explica Ingrid.
Um olhar além do desassoreamento
Além de almejar a realização das melhorias ao longo de todo o
percurso, a Comissão do Desassoreamento e Recuperação do Rio Sangão deseja
revitalizar também as margens do curso d’água. “Queremos fazer um trabalho
junto ao Comitê Araranguá/Mampituba para um acompanhamento do desassoreamento,
a fim de verificar se os processos realizados atendem às necessidades ambientais
e sociais. E nada melhor do que contar com a parceria deste órgão que é
composto por representantes de diversas áreas e com vasto conhecimento”, destaca
o integrante da Comissão e vereador de Forquilhinha, Marcos Rocha Macedo.
Após a conclusão das obras, o trabalho empenhado em conjunto
pretende sensibilizar a população para melhorar, cada vez mais, a interação das
pessoas com o meio ambiente. Para isso, uma das iniciativas que devem acontecer
ao longo dos próximos meses é a realização do projeto do Comitê, sobre Educação
Ambiental, em algumas escolas de Forquilhinha.
A partir dos encontros em instituições do município em que o
tema será abordado, os estudantes terão um entendimento melhor sobre o assunto,
o que contribui e fortalece a abordagem do projeto de revitalização do Rio
Sangão. Ademais, o fato também pode auxiliar em uma recuperação mais eficaz e
sustentável do ambiente aquático, uma vez que visa o engajamento de toda comunidade
local na preservação de um recurso vital como a água.
Diante deste cenário, a união da Comissão com o Comitê
Araranguá/Mampituba, no ponto de vista da presidente do órgão, Eliandra Gomes
Marques, é extremamente importante no que diz respeito à articulação e atuação
dos atores envolvidos em prol da revitalização do Rio Sangão. “Por meio de
ações conjuntas, demonstramos compromisso com a gestão responsável e a
preservação a longo prazo do manancial”, frisa.