sábado, 29 de junho de 2024

Desastres naturais acontecerão, mas o importante é monitorar, educar e estar preparado, alerta especialista

Análise é do professor doutor Masato Kobiyama e foi debatida em capacitação promovida pelo Comitê Araranguá e Afluentes do Mampituba.

As tragédias vivenciadas especialmente pelo Rio Grande do Sul e Sul de Santa Catarina nos últimos meses têm ganhado destaque nacional e internacional, principalmente devido às suas proporções e impactos. Evento extremos dessa natureza sempre foram uma preocupação do Comitê da Bacia Hidrográfica do Rio Araranguá e Afluentes Catarinenses do Rio Mampituba e, por isso, ganharam destaque na capacitação promovida nesta semana, com a temática “Monitoramento Hidrológico e Eventos Críticos”.

A questão foi abordada por de três profissionais com grande expertise e bagagem técnica na área durante a primeira capacitação do órgão de 2024. Entre eles, o professor titular do Instituto de Pesquisas Hidráulicas (IPH) da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), doutor Masato Kobiyama. O palestrante alertou que os desastres naturais continuarão a acontecer e que, por este motivo, o essencial é garantir o monitoramento hidrológico e o investimento em educação para, assim, manter-se preparado.

Para Kobiyama, os fenômenos naturais são difíceis de controlar, tonando imprescindível a preparação de todos para enfrentá-los. Uma das maneiras reforçadas pelo professor é o fortalecimento do conhecimento de cada cidadão. “Os adultos têm muita noção da velocidade com que estão dirigindo um carro, por mais que não olhem o velocímetro. Mas por que não conseguem mensurar a quantidade de chuva ao olhar para a rua? Pois não foram ensinados a como mensurá-la. Precisamos que as pessoas entendam melhor a hidrologia, para termos pessoas mais atentas”, frisou.

Outra perspectiva trazida por Kobiyama, ainda, é de que os lugares com mais belezas naturais podem ser os mais perigosos neste cenário, só que a população, em geral, não percebe. “Temos que estar preparados para enfrentar as violências naturais que a beleza natural pode provocar. Para isso, precisamos educar todos, desde as crianças até os mais idosos”, acrescenta. 

O efeito das mudanças climáticas

Por conta do atual modelo hegemônico de produção e consumo da sociedade, os efeitos das mudanças climáticas daqui para frente serão cada vez frequentes e de maior intensidade. Ressaltando esse efeito sobre os recursos hídricos, o professor doutor Carlyle Torres Bezerra de Menezes, que é coordenador geral do ProFor Águas Unesc – equipe técnica da Entidade Executiva –, trouxe em sua abordagem maneiras de reduzir os riscos e a vulnerabilidade social.

“Devido aos acontecimentos recentes, a sociedade como um todo, diante das evidências, está despertando para a gravidade do problema. Essa capacitação foi uma contribuição para buscarmos alternativas para a adaptação e mitigação dos impactos das mudanças climáticas”, destaca Menezes, que também é coordenador adjunto do Programa de Pós-graduação em Ciências Ambientais (PPGCA) da Unesc e professor do curso de graduação em Engenharia Ambiental e sanitária.

Outro ponto de reflexão proporcionado por Menezes está no fato de as consequências desse processo não impactarem de maneira igualitária, toda a população. “As comunidades mais vulneráreis, mais pobres, como negros, mulheres, povos tradicionais, são as que menos contribuíram para a poluição, em termos de padrão de produção e consumo, mas são as atingidas com maior gravidade e possuem maior dificuldade para enfrentar e superar esses problemas. E nós também precisamos pensar nessa questão”, complementa.

O futuro

Analisando as mudanças climáticas no mundo, observa Kobiyama, é provável que Santa Catarina ainda sofrerá com novos desastres naturais. Justamente por este motivo, o fato de o Comitê Araranguá e Afluentes do Mampituba reunir os membros e a sociedade para debater o tema e buscar articulação para enfrentar o problema torna-se extremamente importante.  

Diante dessa situação, segundo o professor, além da educação, o monitoramento hidrológico é o ponto de partida. A estratégia consiste, basicamente, em monitorar a chuva, bem como o nível e vasão dos rios de interesse de uma bacia. E o acompanhamento e análise dessas informações ao longo do tempo é de suma importância para melhor planejamento de medidas estruturais e não estruturais.  

“O que um técnico de futebol faz antes de uma partida? Estuda o time adversário. Ou seja, quando conhecemos nosso adversário, não precisamos ter medo e conseguiremos vencer o jogo. Assim, os participantes da capacitação devem conhecer os seus adversários, isto é, a chuva, os rios, entre outros. Se os participantes forem para casa e compartilharem essas informações com sua rede de contatos, multiplicaremos conhecimento”, evidencia Kobiyama. 

Base de informações

Para que os membros compreendessem, de maneira geral, como funciona o monitoramento hidrológico no Brasil e em Santa Catarina, o agente de pesquisa da Empresa de Pesquisa Agropecuária e Extensão Rural de Santa Catarina (EPAGRI), José Luiz Rocha Oliveira, explanou um pouco sobre o processo. Além disso, também explicou os equipamentos empregados, os pontos de monitoramento no estado e na bacia do Rio Araranguá.

“Só conseguimos planejar e fazer uso daquilo que a gente conhece. Por isso, esta ferramenta é de suma importância. Ele é a base para todas as outras informações voltadas às decisões sobre as águas. Em especial, no caso do Comitê Araranguá, que é regularmente afetada por eventos críticos, como enchentes, inundações ou secas e estiagens”, acrescenta. 

Comitê como fonte de conhecimento 

Nesse sentido, ao proporcionar capacitações relacionadas aos recursos hídricos, conforme a presidente do Comitê Araranguá e Afluentes do Mampituba, Eliandra Gomes Marques, o órgão cumpre seu papel social, no que diz respeito à mobilização e conscientização.

“A formação sobre monitoramento hidrológico e eventos climáticos, proposta pelo Comitê, foi essencial para entender os impactos das emergências climáticas e os fenômenos hidrológicos. Ela capacitou profissionais, ligados especialmente às entidades-membro, para analisar padrões de chuvas, níveis de rios e prever inundações, promovendo, assim, a segurança e o uso sustentável dos recursos hídricos. Com esse conhecimento, será viável desenvolver planos de gestão eficazes, reduzindo os riscos associados a eventos extremos. Além disso, a formação contribui para a conscientização e engajamento da comunidade local na preservação ambiental e na resposta a desastres naturais que estão sendo frequentes em nosso território”, ressaltou Eliandra.

Organização

Com duração de seis horas, a capacitação foi organizada pelo ProFor Águas Unesc, por meio da engenheira ambiental e sanitarista que presta suporte direto ao Comitê Araranguá, Sabrina Baesso Cadorin. A ação, que aconteceu na Universidade do Extremo Sul Catarinense (UNESC), campus de Araranguá, consta como uma das metas da Entidade Executiva para o ano de 2024, elencadas por meio do Edital de Chamada Pública FAPESC nº 32/2022. 

“Tivemos bastante participação, tanto de maneira presencial quanto remota. Por termos como ministrantes três profissionais experientes na área, que trouxeram diversas perspectivas, o resultado da capacitação foi enriquecedor. O feedback que recebemos foi extremamente positivo, com muitos elogios e parabenizações dos participantes”, afirma Sabrina. 


sexta-feira, 28 de junho de 2024

Comitês do Sul de SC participam de reunião do Fórum Catarinense de Comitês de Bacias Hidrográficas

Encontro teve como objetivo alinhar metas do próximo edital para contratação das Entidades Executivas


Os Comitês de Bacia Hidrográfica do Sul de SC – Comitês do Rio Araranguá e Afluentes Catarinenses do Rio Mampituba, do Rio Urussanga e do Rio Tubarão, Complexo Lagunar e Bacias Contíguas – participaram, na tarde dessa quinta-feira, 27, da reunião convocada pelo Fórum Catarinense de Comitês de Bacias Hidrográficas. O encontro objetivou debater as tratativas essenciais acerca da definição do 3º Ciclo do Programa de Fortalecimento dos Comitês do Estado de Santa Catarina.

A reunião aconteceu de forma remota e, além de representantes dos Comitês de Santa Catarina, contou com a participação também a equipe de apoio da Secretaria do Estado do Meio Ambiente e da Economia Verde – SEMAE.

Representando o Comitê Araranguá e Afluentes do Mampituba, esteve presente a presidente Eliandra Gomes Marques; já o Comitê Tubarão e Complexo Lagunar foi representado pelo presidente Woimer José Back; enquanto o Comitê Urussanga, pelo vice-presidente Fernando Damian Preve Filho. Todos contribuíram no alinhamento das metas mínimas a serem inseridas no edital para contratação das Entidades Executivas no terceiro ciclo, a partir de 2025.

“A reunião trouxe uma perspectiva positiva para os Comitês, especialmente para o fortalecimento dos mesmos com a participação ativa das presidências para contribuir no desenho das políticas públicas catarinense para a gestão dos recursos hídricos. Focamos nas ações e metas que garantem a alocação de recursos financeiros e técnicos, permitindo a realização de projetos de conservação e recuperação das bacias hidrográficas, incentivando a integração entre diferentes setores e regiões, promovendo a cooperação e a gestão compartilhada dos recursos hídricos do nosso Comitê com o Comitê Mampituba do RS”, acrescentou a presidente do Comitê Araranguá e Afluentes do Mampituba.

Na avaliação do presidente do Comitê Tubarão e Complexo Lagunar, os Comitês deliberaram sobre o tema, para que a SEMAE possa dar seguimento ao processo. “Dentro da intenção da SEMAE, os encaminhamentos são positivos, pois as metas estarão alinhadas com os Comitês, mas os Comitês esperam e precisam de muito mais. Precisamos dos planos de bacias atualizados, enquadramento dos rios, lagos, lagoas, planos de ações para suas melhorias, monitoramento das águas, investimentos nas melhorias dos recursos hídricos”, completou.

Para o vice-presidente do Comitê Urussanga, a reunião foi interessante, uma vez que houve uma boa participação dos Comitês do Estado. “A SEMAE referenciou as metas para os comitês e foi bastante discutido, inclusive, apresentamos algumas demandas que sentimos aqui no Sul. Uma das principais é a necessidade que sentimos de aumentar o ciclo de contratação para pelo menos três anos, evitando descontinuidade e promovendo a presença mais intensa dos técnicos nos trabalhos dos Comitês”, reforçou.

Representando a equipe técnica da Entidade Executiva, participaram da reunião, também, a técnica em Gestão Ambiental do ProFor Águas Unesc, Ana Paula Matos; a técnica de apoio à Gestão, Simoni Daminelli Vieira; e a técnica em gestão hídrica que presta suporte direto ao órgão, Mhaiandry Benedetti Rodrigues Mathias.

sexta-feira, 21 de junho de 2024

Comitê participa de reunião para tratar da gestão dos recursos hídricos em SC.

 Encontrou aconteceu nas dependências da AMURES


O Comitê Araranguá e Afluentes do Mampituba participou da reunião convocada pelo Fórum Catarinense de Comitês de Bacias Hidrográficas (FCCBH), no dia 20 de junho de 2024, nas dependências da AMURES em Lages – SC. 

Junto, também estiveram presentes: o Secretário de Estado do Meio Ambiente e Economia Verde (SEMAE), Guilherme Dallacosta; a presidente do Comitê Urussanga, Lara Possamai Wessler; o presidente do Comitê Tubarão e Complexo Lagunar, Woimer José Back; o ProFor Águas Unesc, equipe técnica da Entidade Executiva; e a equipe técnica da SEMAE. 

A reunião teve como pauta principal a apresentação dos resultados das Entidades Executivas, discussão sobre o novo edital para seleção das Entidades Executivas para 2025, fortalecimento da equipe operacional do Órgão Gestor Estadual de Recursos Hídricos, além de outros assuntos gerais relacionados aos Planos de Bacias e Comitês interestaduais. 

A participação do Comitê Araranguá e Afluentes do Mampituba foi importante para contribuir nas discussões e decisões relevantes para a gestão dos recursos hídricos no Estado de Santa Catarina. 

Dentre os encaminhamentos, uma reunião aberta do FCCBH, que acontece na próxima semana, se debruçará no desenho do novo edital de seleção de entidades executivas.  

Segundo a presidência, “Estamos comprometidos em fortalecer a gestão integrada dos recursos hídricos e assegurar que nossas ações sejam sempre pautadas pela sustentabilidade e colaboração".

Além disso, o Comitê Araranguá e Afluentes do Mampituba, aproveitou para fazer a entrega da Moção em defesa da manutenção do atual modelo de Entidades Executivas, junto às outras presidências presentes.

quarta-feira, 12 de junho de 2024

Comitê Araranguá e Afluentes do Mampituba inicia curso de Educação Ambiental com docentes da Amesc

Voltado para professores que atuam na Regional de Araranguá, primeiro encontro da formação aconteceu nesta terça-feira


Sensibilizar professores sobre temas emergentes, como a importância da água no contexto das questões socioambientais. Com o primeiro encontro ocorrido nessa terça-feira, dia 11, este é o objetivo do projeto “Clima Água: formação em educação ambiental para segurança hídrica e enfrentamento das mudanças climáticas”. A iniciativa é fruto da parceria entre o Comitê de Gerenciamento da Bacia Hidrográfica do Rio Araranguá e Afluentes Catarinenses do Rio Mampituba e a Coordenadoria Regional de Educação de Araranguá (CRE).

Seguindo as metas estabelecidas no Plano de Recursos Hídricos da Bacia do Rio Araranguá, o projeto é uma iniciativa vinculada às ações de curto prazo do Comitê e, até o fim deste ano, formará 25 pessoas para trabalharem, da melhor maneira possível, assuntos relacionados à educação ambiental. Toda a elaboração e execução do Clima Água está a cargo do ProFor Águas Unesc, sendo uma das metas da Entidade Executiva para o ano de 2024, elencadas por meio do Edital de Chamada Pública FAPESC nº 32/2022.

Primeiro Encontro

A primeira aula teve o objetivo de introduzir o curso, trazendo explicações aos participantes sobre o propósito e relevância do projeto. Na oportunidade, a presidente do Comitê Araranguá e Afluentes do Mampituba, Eliandra Gomes Marques, aproveitou para explicar sobre o papel do órgão e por quais motivos ele foca em ações voltadas à educação ambiental.

“Esta é uma iniciativa colaborativa que visa formar professores e profissionais da educação da rede pública estadual em um tema extremamente importante. Com destaque na segurança hídrica e emergências climáticas, este esforço interdisciplinar busca não só qualificar, como também disseminar a conscientização e engajamento entre os estudantes, promovendo uma resposta ativa aos desafios que enfrentamos”, enfatiza Eliandra.

Além disso, o público também pôde compreender o papel do ProFor Águas Unesc, equipe técnica da Entidade Executiva que presta suporte direto ao Comitê. Por fim, representantes da CRE apresentaram como será o projeto, com as metodologias e temas trabalhados, bem como os critérios que serão utilizados para validação do projeto que será elaborado pelos inscritos e apresentado na Feira de Ciência e Tecnologia de 2024.

Para o coordenador geral do ProFor Águas Unesc e coordenador adjunto do Programa de Pós-graduação em Ciências Ambientais (PPGCA), professor também no curso de Engenharia Ambiental e Sanitária, doutor Carlyle Torres Bezerra de Menezes, este projeto da Educação Ambiental é a base fundamental para qualquer transformação. “Nosso objetivo é contribuir na formação dos professores que estão à frente das escolas de Araranguá e que realizam um trabalho importante com novas perspectivas. Essa formação constitui-se também em uma contribuição para além do âmbito escolar, considerando as várias abordagens e temáticas que serão realizadas em uma perspectiva transversal e interdisciplinar e de formação cidadã, capacitando-os para enfrentar emergências climáticas. Nesse contexto, nossas atividades seguirão, visando criar uma maior conexão entre professores e alunos”, relata.

Próximas Aulas

Os próximos quatro encontros acontecerão de maneira presencial, em Araranguá, das 13h às 19h. Além das aulas dialogadas, os participantes também terão palestras, discussões em grupo a partir de leituras prévias, compartilhamento de conhecimento e experiências em Educação Ambiental, apresentação de práticas e desenvolvimento de projetos. Seguindo o cronograma, os assuntos abordados serão:

  • ·        25 de junho - Oficina 2: Mudanças climáticas e a justiça climática;
  • ·        23 de julho - Oficina 3: Diversidade Biológica;
  • ·        06 de agosto - Oficina 4: Tecnologias Emergentes;
  • ·        24 de setembro - Oficina 5: Saúde Global.

Certificado

Ao final da formação, aqueles que concluírem o Projeto Clima Água receberão o certificado de 40 horas, emitido pela Universidade do Extremo Sul Catarinense (Unesc). Por ser um projeto piloto, o Comitê Araranguá e Afluentes do Mampituba, em conjunto com o ProFor Águas Unesc, pretende adaptar e validar a metodologia adotada, para que possa, futuramente, ser oferecida a novas turmas de docentes, além de estimular parcerias envolvendo entidades do Sistema de Gerenciamento de Recursos Hídricos e do Sistema Educacional (SINGREH).

sexta-feira, 7 de junho de 2024

Últimas semanas para inscrições de entidades que queiram fazer parte do Comitê Araranguá e Afluentes do Mampituba

Instituições que desejem contribuir com a gestão das águas de 2024 a 2028 têm até dia 28 de junho para manifestarem interesse via e-mail

Para trazer novas perspectivas e promover uma gestão ainda mais completa e participativa, o Comitê de Gerenciamento da Bacia Hidrográfica do Rio Araranguá e Afluentes Catarinenses do Rio Mampituba está com o seu processo de renovação de membros aberto. Entidades interessadas, que queiram estar à frente de assuntos relacionados às águas, devem se inscrever nas Assembleias Setoriais Públicas (ASPs) até dia 28 de junho. A manifestação de interesse deve ser feita via e-mail, pelo endereço eletrônico comiteararangua@gmail.com.

Ao todo, serão 35 vagas, distribuídas em organizações que representam os Usuários de Água, a População da Bacia e os Órgãos da Administração Federal e Estadual. Será aceita uma inscrição por candidato, que deve ser pessoa jurídica, de direito público ou privado. Todos os documentos necessários podem ser conferidos no edital e as dúvidas podem ser encaminhadas para o e-mail comiteararangua@gmail.com.

Além disso, outro detalhe importante é que a entidade deve atuar dentro da área de abrangência do Comitê. Atualmente, o órgão compreende 22 municípios, sendo eles: Araranguá, Balneário Arroio do Silva, Balneário Gaivota, Balneário Rincão, Criciúma, Ermo, Forquilhinha, Içara, Jacinto Machado, Maracajá, Meleiro, Morro Grande, Nova Veneza, Passo de Torres, Praia Grande, Santa Rosa do Sul, São João do Sul, Siderópolis, Sombrio, Timbé do Sul, Treviso e Turvo.

“Esta é uma maneira de possibilitarmos que as atuais entidades continuem contribuindo com as questões hídricas, bem como oportunizar que outras instituições integrem o Comitê. Reforçamos que todos devem ficar atentos ao edital, por conta dos documentos exigidos, para que todos os inscritos estejam aptos a participar do restante do processo”, ressalta a presidente do Comitê Araranguá e Afluentes do Mampituba, Eliandra Gomes Marques.

Cronograma

O Comitê divulgará a lista preliminar com todas as entidades habilitadas no dia 17 de julho. Aquelas que tiverem o pedido negado terão até o dia 23 para interpor recurso e solicitar revisão, com o resultado da lista final no dia 26 do mesmo mês. Dando sequência no processo, no dia 31 de julho, ocorrerão no Campus de Araranguá da Unesc, simultaneamente, as Assembleias Setoriais Públicas de cada segmento do órgão.

Neste momento, cada organização deverá expor o motivo pelo qual deseja fazer parte da gestão das águas e as razões que tornam sua participação relevante, conforme o seu segmento. Por meio de votação entre os candidatos, será decidido quais serão as instituições que farão parte da gestão do Comitê pelos próximos quatro anos. No mesmo dia, ocorre a posse dos selecionados e os demais ficam na lista de espera.

Se algum dos interessados desejar interpor recurso, terá até o dia 9 de agosto para fazê-lo. As novas entidades-membro serão apresentadas na próxima Assembleia Geral Ordinária, com data a definir.

quarta-feira, 5 de junho de 2024

Na Semana do Meio Ambiente, ProFor Águas Unesc debate gestão e governança adaptativa climática

Mesa-redonda evidenciou o trabalho em prol dos recursos hídricos, que vem sendo realizado pela Entidade Executiva dos Comitês de Bacia Hidrográfica do Sul de SC


Durante a Semana de Meio Ambiente e Valores Humanos da Unesc, o Projeto de Fortalecimento dos Comitês de Bacia Hidrográfica do Sul Catarinense debateu a temática da gestão e governança adaptativa climática, com o Auditório Edson Rodrigues lotado de professores, acadêmicos e profissionais da área, além dos representantes das diretorias dos comitês. A mesa-redonda, realizada na noite dessa terça-feira, 04, evidenciou a experiência do ProFor Águas no apoio técnico-científico aos Comitês das Bacias dos Rios Tubarão e Complexo Lagunar, Urussanga e Araranguá e Afluentes Catarinenses do Mampituba, e destacou a importância do papel da Universidade como atual Entidade Executiva dos Comitês.

A temática abordada durante o evento, inclusive, tem ganhado ainda mais destaque nos últimos tempos, devido às catástrofes climáticas que ocorrem com cada vez com mais frequência por todo o país, sendo o Estado do Rio Grande do Sul o último caso extremo e de grandes proporções registrado.

A mesa-redonda foi conduzida pelo coordenador geral do ProFor Águas Unesc e coordenador adjunto do Programa de Pós-graduação em Ciências Ambientais (PPGCA), professor também no curso de Engenharia Ambiental e Sanitária, doutor Carlyle Torres Bezerra de Menezes.

“Se analisarmos as situações que estamos vivenciando, perceberemos que elas têm se multiplicado cada vez mais. O conhecimento científico é fundamental, devido à necessidade de implantação de uma agenda urgente para o enfrentamento dessas situações extremas. Neste contexto, proporcionamos um importante debate sobre as contribuições do ProFor Águas Unesc, principalmente, diante dos desafios dos efeitos das mudanças climáticas sobre os recursos hídricos e a sociedade”, destacou o coordenador geral do ProFor Águas Unesc.

Participação dos Comitês

A abertura do evento também contou com a participação da presidente do Comitê Araranguá e Afluentes do Mampituba, Eliandra Gomes Marques; do presidente do Comitê Tubarão, Complexo Lagunar e Bacias Contíguas, Woimer José Back; e da representante do Comitê Urussanga, prof.ª Yasmine de Moura da Cunha. “Foi um momento muito importante para discutir a gestão e governança dos recursos hídricos frente às emergências climáticas por meio de experiências consolidadas dos Comitês”, afirmou Eliandra.

Para Back, muitos estão adormecidos e acomodados com a situação, mas eventos como a mesa-redonda e outros trabalhos dos Comitês e do ProFor Águas servem para colocar o debate na pauta. “Neste ano teremos eleições municipais, então precisamos fazer esse assunto ser discutido nas campanhas, buscando sempre implementar melhorias e viver com as chuvas sem maiores danos para as estruturas e para as pessoas”, evidenciou o presidente do Comitê Tubarão e Complexo Lagunar, na abertura do evento.

Na mesma linha, a representante do Comitê Urussanga reforçou que a discussão foi muito importante, principalmente por conta dos eventos traumáticos e catastróficos registrados recentemente. “Tudo isso tem relação com a questão de gestão governança dos recursos hídricos, bem como com as alterações climáticas. São alertas que vêm e muitos não dão atenção até que aconteçam situações nessa proporção”, completou Yasmine.

Temáticas destacadas

O professor Menezes abriu a mesa-redonda, apresentando um panorama geral do tema, considerando o grande desafio da sociedade na prevenção, enfrentamento e mitigação dos impactos socioambientais dos eventos extremos climáticos. Em seguida, o “Desafio na construção da governança à gestão e segurança hídrica” foi o tema da abordagem do coordenador técnico do ProFor Águas, prof. Dr. Jose Carlos Virtuoso.

Na sequência, a técnica em Gestão Ambiental, Me. Ana Paula Matos falou sobre a “Experiência com Política Hídrica, PSA e restauração ecológica”; assim como a técnica em gestão hídrica e engenheira ambiental e sanitarista que presta suporte direto ao Comitê Araranguá e Afluentes do Mampituba, Sabrina Baesso Cadorin, juntamente com a técnica de apoio à Gestão do ProFor e engenheira ambiental, Simoni Daminelli Vieira, detalharam o projeto de Educação Ambiental desenvolvido para o órgão.

Por fim, a técnica em gestão hídrica e engenheira florestal que presta suporte direto ao Comitê Tubarão e Complexo Lagunar, Mhaiandry Benedetti Rodrigues Mathias explanou sobre o Projeto de Diagnóstico do Esgotamento Sanitário na Bacia, destacando a importância do saneamento adequado; e a jornalista Francine Ferreira ressaltou o papel da comunicação estratégica na mobilização social e no fortalecimento dos Comitês.

segunda-feira, 3 de junho de 2024

Para discutir gestão e governança adaptativa climática, ProFor Águas promove mesa-redonda

Evento acontece nesta terça-feira, dia 04 de junho, e integrará a Semana do Meio Ambiente e Valores Humanos da Unesc


Devido aos últimos acontecimentos no Rio Grande do Sul, um assunto tem ganhado destaque: os efeitos das mudanças climáticas manifestada em eventos extremos cada vez mais frequentes. Tendo em mente tal contexto, o ProFor Águas Unesc (Projeto de Fortalecimento dos Comitês de Bacia Hidrográfica do Sul Catarinense) promoverá uma mesa-redonda para discutir a gestão e governança adaptativa climática, tendo como ponto de partida a sua experiência no apoio técnico-científico aos comitês das bacias dos rios Tubarão e Complexo Lagunar, Urussanga e Araranguá e Afluentes Catarinenses do rio Mampituba, responsáveis pela gestão hídrica na região. O evento acontece na próxima terça-feira, dia 04 de junho, e integra a programação da Semana de Meio Ambiente e Valores Humanos da Universidade do Extremo Sul Catarinense (Unesc).

Aberta ao público e totalmente gratuita, a mesa-redonda no dia 04/06 será realizada no Auditório Edson Rodrigues, da Universidade, a partir das 19h. O debate será conduzido pelo coordenador geral do ProFor Águas e coordenador adjunto do Programa de Pós-graduação em Ciências Ambientais (PPGCA),  professor também no curso de Engenharia Ambiental e Sanitária, doutor Carlyle Torres Bezerra de Menezes. Oportunidade em que o trabalho desenvolvido junto aos comitês de um ano e meio será compartilhado, dimensionando a importância do papel da Universidade como atual Entidade Executiva dos comitês.

“Neste ano, a XIX Semana de Meio Ambiente e Valores Humanos da Unesc contará com uma programação bastante diversificada, tendo como temática central Saúde e Meio Ambiente. Serão diversos dias com atividades, mesas-redondas, oficinas e palestras. Traremos um importante debate sobre as contribuições do projeto de fortalecimento dos Comitês de Bacias Hidrográficas da região, principalmente, diante dos desafios dos efeitos das mudanças climáticas sobre os recursos hídricos e a sociedade”, destaca Menezes.

Para deixar a mesa-redonda ainda mais enriquecedora, a iniciativa contará com a participação dos três Comitês de Bacia Hidrográfica atendidos pelo projeto. Desta forma, também farão parte deste momento: a presidente do Comitê Araranguá e Afluentes do Mampituba, Eliandra Gomes Marques; o presidente do Comitê Tubarão, complexo lagunar e bacias contíguas, Woimer José Back; e a secretária-executiva do Comitê Urussanga, Silvia Sartor Roseng. 

Objetivos de Desenvolvimento Sustentável

Com o intuito de mostrar que pequenas ações podem se tornar movimentos bem-sucedidos, a equipe do ProFor Águas apresentará os projetos que foram executados em prol dos Comitês no ano de 2023, evidenciando como contribuem diretamente com as Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS).

Elencados com o propósito de fornecerem uma visão universal para que seja possível alcançar um futuro mais sustentável, a Organização das Nações Unidas (ONU) estabeleceu, em 2015, os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) que integram a Agenda 2030. Ao todos, são 17 metas globais que abordam questões críticas, como pobreza, desigualdade, saúde, educação, mudanças climáticas, paz e justiça, entre outras.

O evento, inclusive, faz interface com o ODS 6: Água Limpa e Saneamento; o ODS 11: Cidades e Comunidades Sustentáveis; o ODS 13: Ação Contra a Mudança Global do Clima; e o ODS 27: Parcerias e Meios de Implementação, dentre outros.

Abordagens

A mesa-redonda será iniciada com o professor Menezes, que apresentará um panorama geral do tema, considerando o grande desafio da sociedade na prevenção, enfrentamento e mitigação dos impactos socioambientais dos eventos extremos climáticos. Na sequência, o coordenador técnico do ProFor Águas, prof. Dr. Jose Carlos Virtuoso, abordará o tema “Desafio na construção da governança à gestão e segurança hídrica”.

“Experiência com Política Hídrica, PSA e restauração ecológica” será o tema seguinte, com apresentação da técnica em Gestão Ambiental, Me Ana Paula Matos.

Subsequentemente, será explanado o projeto de Educação Ambiental, desenvolvido para o Comitê Araranguá e Afluentes do Mampituba. A técnica em gestão hídrica e engenheira ambiental e sanitarista que presta suporte direto ao órgão, Sabrina Baesso Cadorin, juntamente com a técnica de apoio à Gestão do ProFor e engenheira ambiental, Simoni Daminelli Vieira, compartilharão suas experiências, destacando como essa iniciativa pode contribuir para a conscientização e a ação climática.

Com ênfase na importância do saneamento adequado, na sequência será discutido o Projeto de Diagnóstico do Esgotamento Sanitário na Bacia do Rio Tubarão e Complexo Lagunar, pela técnica gestão hídrica e engenheira ambiental e sanitarista que presta suporte direto ao órgão, Mhaiandry Benedetti Rodrigues Mathias. Concluindo a parte das apresentações, a jornalista Francine Ferreira enfatizará o papel da comunicação estratégica na mobilização social e no fortalecimento dos Comitês de Bacias Hidrográficas.

Oficina nas escolas

Ainda no dia 04 de junho, como forma de levar o debate sobre um tema extremamente importante para fora dos limites da Universidade, e no contexto das ações de um projeto de extensão em andamento, o coordenador geral do ProFor Águas Unesc, justamente com professores e alunos  que integram a equipe do projeto, farão uma oficina com o tema “Agricultura Urbana e Comunitária: Produção de Papel Semente Artesanal em Escola Pública Estadual”, na Escola de Educação Básica Professora Maria Garcia Pessi, em Araranguá.

Já no dia 07 de junho, Menezes integrará uma equipe que promoverá uma atividade de campo com alunos e professores do Colégio Marista e Unesc, ambos de Criciúma, com a temática “Movimento para a Revitalização e Renaturalização do Rio Criciúma”.