Objetivo foi levar a compreensão dos
processos de mediação de conflitos para membros do comitê
Os conflitos de
uso de água foi tema de capacitação realizada na tarde desta quinta-feira, 7,
em Criciúma. O evento, realizado na sede do Ministério Público Federal (MPF),
foi organizado pelo Comitê da Bacia do Rio Araranguá e Afluentes Catarinenses
do Rio Mampituba. O objetivo do curso foi proporcionar
os órgãos-membros do comitê a compreensão dos processos necessários para o
sucesso efetivo na mediação de conflitos que envolvam os recursos hídricos.
A
capacitação foi ministrada pelo procurador da República, Dermeval Ribeiro
Vianna Filho, e pelo vice-presidente do Comitê Araranguá, Sérgio Marini. Em sua
explanação, Filho destacou a importância do comitê na mediação e resolução de
conflitos antes mesmo do problema se tornar um processo judicial.
“Os
processos só são instaurados quando a sociedade não consegue mediar um conflito
de forma harmoniosa. Nesta oportunidade estamos colocando o MPF para auxiliar
em tudo o que couber a nós para contribuir nas soluções para conflitos antes
que eles se tornem processos judiciais. Tratando-se de um recurso tão caro e
sabendo dos riscos que as nossas bacias possuem na região, é importante buscas
soluções”, comentou o procurador.
A experiência do Comitê
Araranguá
Dos comitês
existentes em Santa Catarina, o que apresenta maior número de conflitos pelo
uso da água é o Comitê Araranguá. Diante desse dado, nos últimos anos, o Comitê
Araranguá adquiriu vasta experiência na mediação de problemas relacionados aos
recursos hídricos na bacia, conforme destacou Marini. Em sua fala no curso, ele
apresentou algumas significantes mediações que foram executadas com êxito, com
apoio do MPF.
“O Ministério
Público tem nos acompanhado e incentivado as mediações de conflito. Essa
aproximação do comitê com eles é de suma importância. Na capacitação podemos
conhecer melhor a legislação referente aos conflitos e estreitar essa parceria
com o MPF, a sociedade civil organizada, buscando diminuir os desafios que
surgem em nossa bacia”, destacou o vice-presidente do Comitê Araranguá.
Cabe lembrar
que a mediação de conflitos é uma das principais ações de gestão de recursos
hídricos desenvolvidas pelos comitês, em primeira instância. Caso não seja
possível encontrar uma solução os casos são então encaminhados para conselhos
estaduais e nacionais.
“Essa boa
relação com o Ministério Público Federal avaliza nosso trabalho. É uma
instituição que possui respaldo na sociedade vem a referendar os acordos
firmados durante uma mediação de conflito e fazendo com que os envolvidos se
sintam ainda mais seguros com a legislação vigente”, completou Marini.
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