Cassação
da licença ambiental e morosidade no processo burocrático coloca em risco
recurso para o início das obras da Barragem do Rio do Salto, que tem prazo de
validade para 2014.
Os
técnicos da CASAN, os engenheiros Paulo Costa e Fernando Clark Nunes – Gerência de Parcerias e Convênios, Patrice
Juliana Barzan – da Gerência de Meio Ambiente e o advogado Dr. Genivaldo
Monguilhot, que participou de todo o processo de desapropriação, atenderam o
convite do Comitê Araranguá e participaram na tarde de quinta-feira, 11, da
Assembleia Geral Ordinária que tinha em pauta a situação da Barragem do Rio do
Salto.
Em
resumo, uma ação do Ministério Público questionando a Licença Ambiental até
então aprovada em 2011 é o motivo do entrave. A exigência é que se cumpra o TAC
na sua totalidade pelos irrigadores. Em 2012 foi elaborado um trabalho para
responder os quesitos que estavam em aberto, mas o Ministério continua alegando
que ainda não atende o exigido. Em 2013 foi elaborado um termo de referência
para a FATMA para que se contrate um novo Estudo de Impacto Ambiental, sem a
qual a liberação não é possível. O recurso disponível para o início das obras
tem um prazo de validade até 2014, mas a elaboração do novo estudo, de um novo
EIA/RIMA coloca em risco o recurso.
Patrice
Juliana Barzan enfatiza que será lançado o edital para contratar o estudo e o
papel é aguardar a decisão do Ministério da Integração Nacional. “Quando iniciou
o processo de desapropriação tínhamos a missão de garantir os recursos e sanar a
angústia daquela comunidade e isso foi feito. A maioria dos proprietários
concordou com os valores da CASAN, a qual já repassou grande parte dos recursos.
Quem ainda não recebeu as indenizações pode continuar morando e usufruindo das
terras até que a CASAN faça os depósitos e inicie a obra, que tem previsão para
2014”, disse o advogado, Dr. Genivaldo.
No
final de 1980, através do Programa Nacional de Irrigação, foram iniciados os
estudos para a implantação da barragem. Em 2000 foi feito o primeiro EIA/Rima.
Em 2004 ocorreu a primeira audiência pública para apresentação do EIA/RIMA,
quando a FATMA considerou os estudos incompletos. Em 2007, após ser elaborado
outros estudos e relatórios se chegou à oficialização do convênio. O projeto,
que a princípio era para irrigação ganhou corpo com a entrada da CASAN no
processo, exigindo adequação. A obra visa reforçar a garantia de abastecimento
de água para a região; reserva de água para irrigação; controle de cheia;
criação de reservatório para regularização de vazões e atrativo extra de
incremento do turismo e lazer.
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