A importância do envolvimento de todas as instituições na
preservação da água foi assunto debatido nesta sexta-feira, 9, e sábado, 10,
durante uma reunião de imersão do Plano de Bacias do Rio Mampituba. O encontro
aconteceu em Torres, no Rio Grande do Sul, e contou com a participação do
Comitê da Bacia Hidrográfica do Rio Araranguá e Afluentes Catarinenses do Rio
Mampituba.
De acordo com o presidente do Comitê, Luiz Leme, o encontro
foi bastante produtivo, com a participação de um público de vários setores,
entre governamentais e não governamentais. “Cada um colocou sua preocupação e o
que pode ser melhorado na questão do uso da água. Acredito que pudemos tirar um
bom proveito do encontro e saímos com um grande avanço nesse debate”, argumenta.
A assessora técnica do Comitê Araranguá, engenheira
ambiental Michele Pereira da Silva, explica que a reunião de imersão foi
realizada com a aplicação do chamado Diagnóstico Rural Participativo. “Houve um
primeiro momento de apresentação de todos os problemas, dificuldades e falhas
que ocorrem atualmente na bacia. Com base nisso, trabalhamos as possíveis soluções
e o que fazer para resolver e minimizar esses problemas”, afirma.
Envolvimento
institucional
Um dos principais tópicos discutidos, conforme o presidente
do Comitê, foi o debate sobre os responsáveis pelo processo de gestão dos
recursos hídricos. “Precisamos fazer com que as instituições reconheçam o seu
papel na execução do Plano de Bacias, porque não adianta identificar o problema
no uso da água e responsabilizar um terceiro. É preciso envolvimento
institucional para que a água seja realmente preservada”, completa a engenheira
ambiental.
Depoimento histórico
Nabor Guazelli foi o primeiro responsável pela mobilização
para criação do Comitê Mampituba e, no encontro dessa sexta-feira, deu um
depoimento emocionado a respeito da realização em poder fazer parte da criação
do Plano de Bacias do Rio Mampituba.
“Para um comitê, um Plano de Bacias é absolutamente
fundamental, porque vai dar o norte do trabalho futuro. A água está cada vez
mais escassa e pior, temos verdadeiros continentes de lixo nos mares, não
sabermos o que vai acontecer. Por isso, avalio que o Plano de Bacias não só é
importante, mas sim indispensável”, finaliza Guazelli.
Francine Ferreira
Parabéns!
ResponderExcluir