Visando colaborar com o debate acerca da importância dos
Planos Municipais de Recursos Hídricos, o Comitê da Bacia do Rio Araranguá e
Afluentes Catarinenses do Rio Mampituba participou da 1ª Conferência de Meio
Ambiente de Sombrio, realizada na última sexta-feira, 7. Na oportunidade, o
presidente Luiz Leme acompanhou a secretária Executiva, professora Yasmine de
Moura da Cunha, que palestrou sobre o tema e orientou um grupo de discussão
para trabalhar em prol da elaboração de um Plano Municipal de Ação sobre
Recursos Hídricos.
Em um primeiro momento, conforme a professora, foram feitas
as exposições sobre a importância dos planos municipais de Resíduos Sólidos, de
Recursos Hídricos e de Arborização Urbana, Agroflorestas e produção orgânica,
além da proteção da Fauna e Flora. “O professor Mário Guadagnim (UNESC)
discorreu sobre a importância do Plano Municipal de Resíduos Sólidos; o
engenheiro agrônomo Edson Carlos Menezes Benites fez exposição sobre
Agroflorestas e Produção Orgânica; o biólogo Bento Tadeu Leandro Junior
(egresso da UNESC) expôs sobre a proteção da fauna e da flora; e o técnico em
gestão ambiental Edimilson Pereira Colares, que é presidente do Conselho
Municipal de Defesa do Meio Ambiente de Sombrio, expôs sobre Arborização
Urbana”, elenca.
Na sequência, cinco grupos temáticos foram formados para,
sob a orientação dos palestrantes de cada eixo temático, discutirem sobre seus
temas específicos, produzindo um relatório. “Em função do tempo, não foi
possível a apresentação dos relatórios à plenária, para encaminhamento de
emendas ou subtração de informação com voto da plenária, mas foi composto um
documento final com o relato da discussão de cada grupo temático”, completa
Yasmine.
De forma geral, além da exposição inicial feita pela
secretária Executiva, o Comitê Araranguá também participou da orientação ao
grupo de trabalho sobre Recursos Hídricos. “Considero muito boa essa
contribuição que pudemos dar, propondo uma metodologia de trabalho e as etapas
de elaboração do plano, uma vez que Sombrio não dispõe de um Plano Municipal
que considere a preservação, recuperação e a conscientização sobre
recursos hídricos. E a carência desse instrumento pelo município faz com que
as ações realizadas não tenham critério técnico”, argumenta.
Ainda segundo a professora, o presidente do Conselho
Municipal de Defesa do Meio Ambiente de Sombrio também alegou que, na área
urbana, a população tem utilizado as redes de esgotamento pluvial para
destinação de efluentes residenciais, industriais e comerciais. “E na parte
rural, as áreas de preservação permanente (APPs) dos rios não têm sido
respeitadas pela agricultura e que os efluentes químicos têm sido devolvidos aos
rios”, afirma.
Encaminhamentos
Como encaminhamentos efetivos dessa 1ª Conferência do Meio
Ambiente de Sombrio, estabeleceu-se que o relatório produzido ao fim do evento
será encaminhado ao gestor do município, à Câmara Municipal de Vereadores, ao
Ministério Público da Comarca de Sombrio e à Curadoria do Meio Ambiente.
“Com a finalidade de firmar compromisso para cumprimento das
diretrizes aprovadas. Avaliamos como muito positiva essa iniciativa de Sombrio
e, na medida do possível, nos colocamos à disposição, esperando que seja dada
continuidade aos planejamentos da conferência”, finaliza o presidente do Comitê
Araranguá.
Francine Ferreira
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