Alerta veio com a estiagem que atingiu a região do
Extremo Sul catarinense nos últimos meses
Representantes do Comitê da Bacia Hidrográfica do
Rio Araranguá e Afluentes Catarinenses do Rio Mampituba estiveram reunidos com
a diretora de Recursos Hídricos da Secretaria de Estado do Desenvolvimento
Econômico (SDE), Jaqueline Isabel de Souza. A pauta do encontro foi a discussão
sobre melhores instrumentos para a mediação de conflitos na Bacia do Rio
Araranguá.
Conforme o vice-presidente do Comitê Araranguá,
Sérgio Marini, o principal objetivo da reunião foi a troca de experiências
entre as partes para a mediações de conflitos em situações como a estiagem que
atingiu não só o Extremo Sul catarinense, mas todo o estado de Santa Catarina
nos últimos meses. Na região setores econômicos foram impactados pela falta de
água, principalmente a atividade de produção de arroz.
“A estiagem nos proporcionou um grande aprendizado.
Podemos ver alguns desafios que iremos enfrentar futuramente. Nosso Plano de
Recursos Hídricos já prevê que a demanda de recursos é muito maior do que a
oferta de água que temos em nossos mananciais. Na oportunidade buscamos
aperfeiçoamentos para facilitar a mediação de conflitos que surgem nessas
ocasiões e demais situações já características da nossa bacia”, disse Marini.
Fiscalização de outorgas
Durante o encontro os representantes do comitê
também trataram com Jaqueline a situação das outorgas na bacia do Rio
Araranguá. Luiz Leme, presidente do Comitê Araranguá, ressaltou que a SDE foi
questionada sobre o assunto, já que a responsabilidade de fiscalização é da
secretaria.
“Com o período da estiagem estavam surgindo alguns
conflitos. Um dos exemplos era o Rio Manoel Alves, que venceu o prazo para
solicitação das outorgas. Na escassez de água, agricultores já outorgados não
tinham água e outros que estavam à montante sem a outorga, estavam
captando a água disponível”, explicou o presidente.
O pedido foi para que a listagem das outorgas
emitidas sejam atualizadas e disponibilizadas ao Comitê. “Ficou bem claro que a
secretaria tem uma programação para fazer uma vistoria de quem está com outorga.
A normalização das chuvas nos últimos dias acabou reduzindo os conflitos, mas
se a estiagem prolongasse mais tempo iriam se agravar. Nossa conversa foi nesse
sentido de buscar subsídios para solucionar os conflitos”, finalizou.
Participaram do encontro ainda à assessora técnica
do Comitê Araranguá, engenheira ambiental Michele Pereira da Silva, o
presidente da COOIJAM e representante dos usuários Lucas Brognoli Bellettini, e
a gerente de Outorga e Controle dos Recursos Hídricos da Diretoria de Recursos
Hídricos e Saneamento da Secretaria Executiva de Meio Ambiente de Santa
Catarina, Marcieli Bonfante Visentin.
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