Dúvidas foram
respondidas por técnicos da Secretaria de Estado do Desenvolvimento
Sustentável.

Em sua maioria, os agricultores concordam que o processo de
outorga é necessário para organizar a retirada de água dos rios. “Hoje nem
todos os produtores sabem quantos usuários e o montante de água que existe disponível.
Não podemos nos esconder perante a preservação em função de uma necessidade.
Acredito que tudo que vier para racionalizar o uso dos recursos hídricos é
importante. No entanto, nos preocupamos com o valor dessa nova cobrança, e esperamos
que seja possível debater mais a respeito desse ponto”, argumenta o presidente
da Cooperativa Turvense de Irrigação (Cootil) e produtor rural, Rogério Bardini.
Já o diretor de Recursos Hídricos da SDS, Bruno Beilfuss,
explica que o processo já prevê um tratamento diferenciado em relação à
complexidade do processo para os diferentes tamanhos de produção, mas que novos
pontos podem ser debatidos. “O encontro desta segunda foi positivo porque quase
todas as entidades afetadas na bacia estiveram presentes e contribuíram.
Acredito que essa outorga para irrigação possa ser implantada com bastante
tranquilidade se todos estiverem focados nas melhorias que o projeto trará para
a sociedade como um todo”, completa.
Comitê é parceiro
Neste momento, o Comitê Araranguá e Afluentes do Mampituba está
aberto para esclarecimento de dúvidas sobre o processo de solicitação de
outorga para os produtores da Bacia do Rio Manoel Alves, que abrande as cidades
de Morro Grande e parte de Meleiro. “Estamos auxiliando o Estado neste
importante momento para garantir que todos os agricultores consigam água para
suas produções e manter a vazão ecológica necessária para preservação dos
rios”, afirma o presidente do Comitê, Sérgio Marini.
O encontro foi realizado em parceria com o Comitê Araranguá
e Afluentes do Mampituba, Epagri Ciram, Associação Catarinense de Irrigação e
Associação de Proteção das Águas do Rio Araranguá (AGUAR).
Francine Ferreira