O Comitê da Bacia do Rio Araranguá e Afluentes Catarinenses
do Rio Mampituba realizou durante esta quinta-feira, dia 9, as capacitações
setoriais. O evento online contou com a participação dos atuais membros e de
entidades que estão participando do pleito por um dos assentos do Comitê
Araranguá. A capacitação apresentou aos participantes as características da
Bacia do Rio Araranguá e dos afluentes catarinenses do Rio Mampituba e abordou
os deveres e atividades a serem realizadas pelo comitê e o papel de seus
representantes.
O objetivo do curso é fazer com que as organizações interessadas
em compor o Comitê Araranguá, representada por um membro, sejam capacitadas e
recebam as informações necessárias para que saibam como atuar dentro do
comitê.
“As organizações membros muitas vezes não se dão conta da
importância de sua participação na gestão dos recursos hídricos. São decisões a
serem tomadas e ações planejadas dentro da bacia com a participação deles que
não gerarão apenas resultados a curto prazo, apenas quando ocorre uma estiagem,
as enchentes ou conflitos. Mas é um planejamento pensado no futuro também. O
Plano de Recursos Hídricos da Bacia do Rio Araranguá foi para cinco, dez, 15
anos. E as entidades precisam ter a consciência que elas estão participando das
ações desta gestão de recursos hídricos”, salientou a secretária executiva do
Comitê Araranguá, Yasmine da Cunha.
Para a engenheira ambiental e assessora técnica do Comitê
Araranguá, Michele Pereira da Silva, é de extrema importância que os membros
reconheçam seus papeis. Ao assumirem vaga no comitê, eles não representarão apenas
a sua entidade, mas todo o setor em que estão inseridos.
“Eles falam e decidem por um segmento inteiro. É importante
que haja essa troca de informação. Ao estarem no comitê, é preciso que esses
representantes recebam a informação e propaguem para todo o seu setor e também
faça o caminho inverso, colhendo as demandas de sua categoria e trazendo-as
para serem discutidas dentro do Comitê Araranguá”, apontou Michele.
Representação
qualificada
Ao fim de cada capacitação, o Comitê Araranguá sugeriu aos
participantes a criação de indicadores para avaliar a qualidade da atuação de
cada membro nas ações e deliberações do comitê. “Será um instrumento para
verificação que devemos colocar em prática nas próximas assembleias. Debatemos
na capacitação quais indicadores, uma espécie de pontuação, podem definir o
interesse das entidades nos assuntos abordados dentro do nosso comitê. Isso irá
demonstrar qual membro está contribuindo mais ou menos com a gestão de recursos
hídricos, dando oportunidades para que as organizações mais engajadas possam de
fato compor o quadro de membros”, destacou a assessora técnica.
As capacitações serviram ainda para apresentar aos
participantes como irão funcionar as Assembleias Setoriais Públicas (ASPs),
marcadas para o dia 30 de julho, e que irão definir a renovação do quatro de
membros do Comitê Araranguá, que é formado por organizações dos setores de
usuários de água, órgãos governamentais estaduais e federias e população da
bacia. O número de assentos passará de 45 para 35 e os mandatos serão válidos
pelos próximos quatro anos.
“É um processo novo de renovação do quadro de membros que
estamos passando. Nunca havia acontecido a definição dos representantes desta
forma, em assembleias. E a capacitação desta quinta-feira também já contribuiu
para preparar as entidades membros e as demais interessadas para as ASPs. Os
setores poderão realizar suas assembleias já sabendo a função de cada um e
aptos a escolherem os representantes mais adequados”, disse o presidente do
Comitê Araranguá, Luiz Leme.
Nenhum comentário:
Postar um comentário