sexta-feira, 13 de dezembro de 2024

Araranguá recebe Conferência Intermunicipal de Meio Ambiente

Evento contou com a participação de 75 pessoas de 10 municípios da AMESC e um da AMREC


Araranguá recebeu na última quarta-feira, dia 11, a Conferência Intermunicipal de Meio Ambiente do Extremo Sul Catarinense. Tendo como tema central a “Emergência Climática: o desafio da transformação ecológica”, o evento foi uma das etapas mais importantes da 5ª Conferência Nacional do Meio Ambiente (CNMA) e teve como objetivo incentivar a participação da população na construção de propostas para enfrentar os desafios climáticos na esfera local, além de eleger delegados que representarão os municípios na etapa estadual.

O encontro foi coordenado pelo Comitê de Gerenciamento da Bacia Hidrográfica do Araranguá e Afluentes Catarinenses do Rio Mampituba e AMESC. Ao todo, contou com a participação de 10 municípios da AMESC e um da AMREC. Sendo eles da AMESC: Araranguá, Balneário Arroio do Silva, Ermo, Jacinto Machado, Morro Grande, Passo de Torres, Praia Grande, Santa Rosa do Sul, São João do Sul e Sombrio. E, da AMREC, Criciúma.

Com o auditório lotado, 75 pessoas participaram do encontro, que discutiu temas importantes para a preservação do meio ambiente. “A conferência foi muito importante para elaborarmos propostas concretas para cada eixo temático. Agora, esses temas serão levados para a etapa estadual. Tivemos muitas pessoas participando e isso é fundamental para que consigamos garantir as soluções das pautas da nossa região”, destaca a presidente do Comitê Araranguá e Afluentes do Mampituba, Eliandra Gomes Marques.

Temas abordados

Sendo a Conferência Intermunicipal preparatória para a etapa estadual, e futuramente para a nacional, o encontro teve o intuito de construir propostas para o enfrentamento da emergência climática em seus cinco eixos temáticos:

·        Eixo I - Mitigação - Redução da emissão de gases de efeito estufa: como palestrantes, a Secretaria de Estado Meio Ambiente e Economia Verde (SEMAE) e a Profª Dra. Elaine Virmond, da UFSC Araranguá;

·        Eixo II - Adaptação e Preparação para Desastres - Prevenção de riscos e redução de perdas e danos: como palestrante a Profª Dra. Cláudia Weber Corseuil, da UFSC Araranguá;

·        Eixo III - Justiça Climática - Superação das desigualdades: como palestrante, o Prof. Dr. Carlyle Torres Bezerra de Menezes, coordenador geral do ProFor Águas Unesc e coordenador do Programa de Pós-graduação em Ciências Ambientais (PPGCA) da Unesc;

·        Eixo IV - Transformação Ecológica - Descarbonização da economia com maior inclusão social: como palestrante, Marluci Pozzan, da APREMAVI SC;

·        Eixo V - Governança e Educação Ambiental - Participação e controle social: como palestrante, Marcellus Brinkmann, assessor de educação ambiental da SEMAE, presidente da Comissão Interinstitucional de Educação Ambiental (CIEA) e CTEA; e a Mariléia Selonke, assessora de educação ambiental no Consórcio Intermunicipal do Médio Vale do Itajaí (CIMVI).

quinta-feira, 12 de dezembro de 2024

Planejamento Estratégico define objetivos e metas para o Comitê Araranguá e Afluentes do Mampituba

Por meio de processo participativo com os membros, documento conta com estratégias para o biênio 2025-2026


A gestão eficiente dos recursos hídricos é essencial para garantir a sustentabilidade ambiental e atender as necessidades crescentes da sociedade. Com essa convicção, o Comitê de Gerenciamento da Bacia Hidrográfica do Rio Araranguá e Afluentes Catarinenses do Rio Mampituba aprovou o seu planejamento estratégico para o biênio 2025-2026. Com o documento, foram estabelecidas e alinhadas as estratégias a serem desenvolvidas para que o órgão atinja os seus objetivos e metas, tendo como foco resultados de médio e longo prazo.

Conduzido pela empresa Alcance Gestão Empresarial e com a participação ativa de diversos membros do Comitê, bem como de membros do Comitê Mampituba (RS), o Planejamento estratégico definiu como ações a serem realizadas, prioritariamente:

·        Articulação política: viabilizar agendas com deputados da região, visando tornar ações de Estado e não de governo, quando tratar-se de gestão de recursos hídricos;

·        Buscar parcerias com entidades e universidades para captar recursos financeiros com vistas à realização de ações, bem como parcerias com entidades que possuam tecnologia ou de potencialmente ter tecnologias para gestão de recursos hídricos;

·        Criar processos para acessar banco de dados do IMA e Semae – SIOUT – Sistema de Outorga da Água de Santa Catarina.

Exemplo de gestão participativa e integrada, o planejamento estratégico do Comitê Araranguá e Afluentes do Mampituba foi construído de forma coletiva, envolvendo representantes da sociedade civil, poder público e usuários de água, e permitindo um diagnóstico detalhado da bacia e a definição de metas claras.

“Este processo fortaleceu a governança hídrica ao alinhar ações voltadas à segurança hídrica, proteção ambiental e mitigação de emergências climáticas. Além disso, promoveu a integração regional, articulando-se com o Comitê Mampituba no Rio Grande do Sul e direcionando esforços para um desenvolvimento sustentável e eficiente na gestão dos recursos hídricos”, destaca a presidente do Comitê, Eliandra Gomes Marques.

Missão, Visão e Valores

Além das ações prioritárias, o Planejamento Estratégico também atualizou a Missão, Visão e Valores do Comitê Araranguá e Afluentes do Mampituba.

A nova redação da Missão foi definida como: “Articular e fomentar a gestão integrada e governança dos recursos hídricos em colaboração com todos os setores da sociedade, buscando assegurar a quantidade e a qualidade da água, promovendo uma abordagem sustentável que garanta a viabilidade social, econômica e ambiental”. Já a Visão traz: "Garantir um modelo de gestão participativa e integrada dos recursos hídricos, que assegure a qualidade e a quantidade de água necessárias para o desenvolvimento humano, ambiental e econômico das bacias e a resiliência às emergências climáticas”.

Por fim, os Valores também foram revisados pelo Comitê ficando assim definidos como: transparência, representatividade, ética, participação, cooperação, colaboração, responsabilidade, inovação e resiliência.

O Planejamento Estratégico do Comitê pode ser conferido, na íntegra, aqui.


terça-feira, 10 de dezembro de 2024

Comitê Araranguá e Afluentes do Mampituba: 23 anos de conquistas e desafios no desenvolvimento sustentável da região

Desde 2001, órgão colegiado debate e realiza ações em prol da gestão dos recursos hídricos


Nesta quarta-feira, dia 11 de dezembro, o Comitê de Gerenciamento da Bacia Hidrográfica do Rio Araranguá e Afluentes Catarinenses do Rio Mampituba celebra 23 anos de atuação. Criado pelo Decreto Estadual nº 3.260, em 11 de dezembro de 2001, em conformidade com a Lei Estadual nº 9.748/94 e a Lei Federal nº 9.433/97, o Comitê tem sido um marco na gestão dos recursos hídricos da região Sul catarinense e um exemplo de cidadania e democracia, com foco no uso sustentável dos recursos hídricos e na promoção do desenvolvimento regional.

Para a presidente do Comitê, Eliandra Gomes Marques, são 23 anos de atuação em defesa das águas e do meio ambiente, reafirmando o compromisso do órgão com a gestão participativa, compartilhada e integrada dos recursos hídricos. “Ao longo dessas mais de duas décadas, o CBH tem se destacado em diversas ações que integram educação ambiental, gestão compartilhada e projetos estratégicos. Suas ações impactam diretamente a sociedade ao garantir segurança hídrica, conservação ambiental e planejamento para mitigar os efeitos das emergências climáticas”, ressalta.

Por meio de projetos, parcerias e educação ambiental, na visão da presidente, o Comitê contribui para a qualidade de vida das comunidades, a proteção dos ecossistemas e o fortalecimento da governança das águas, integrando desenvolvimento sustentável e preservação dos recursos naturais. “Este aniversário marca não apenas a consolidação de um trabalho coletivo, mas também o compromisso contínuo com o futuro das bacias e das comunidades que delas dependem. Temos que avançar na consolidação das ações estratégicas do Plano de Recursos Hídricos e ter mais políticas públicas que garantam a viabilidade dos instrumentos de gestão hídrica”, completa.

Mais de duas décadas de história

A trajetória do Comitê começa com um seminário realizado em 1998, promovido por técnicos da UNESC e SDM/CERH, que ofereceu um curso de capacitação em recursos hídricos. No entanto, durante os anos de 1999 e 2000, os trabalhos sobre a formação do Comitê foram interrompidos. Foi apenas no final de 2000, com a intervenção da ONG Sócios da Natureza e o apoio de representantes de várias instituições, que as articulações para retomar os trabalhos começaram a ganhar força. A ONG, preocupada com a grave situação dos recursos hídricos da bacia, promoveu encontros com a participação da AMESC, CASAN, EPAGRI, FATMA e UNESC, resultando na criação do Grupo de Trabalho pró-Comitê.

Esse grupo de trabalho se destacou por sua forma de atuação colaborativa e democrática, realizando seminários de mobilização e capacitação. Ao contrário de outros pró-Comitês, o Grupo decidiu não eleger uma coordenação fixa, mas sim dividir as responsabilidades de maneira integrada e participativa entre os envolvidos. Esse processo culminou na participação histórica do Comitê na criação do Fórum Catarinense de Comitês de Bacias, realizado em Florianópolis, além de outros encontros significativos, como os realizados na Assembleia Legislativa e no Parque Ecológico de Balneário Camboriú.

“A criação do comitê foi uma grande conquista. Até porque a comunidade não se unia para tratar sobre a preservação da água e com essa iniciativa, a sociedade organizada passou a pensar sobre o tema. Além da preservação do que temos agora, é uma forma de preservar para as próximas gerações. Superamos muitas dificuldades e a entrega de cada membro, ao longo desse tempo, fez que nós se consolidássemos para realizar diversas ações em prol da comunidade e dos recursos hídricos”, destaca o primeiro vice-presidente do Comitê, representando a ADISI, de Nova Veneza, Sérgio Marini.

O Comitê foi oficialmente instituído em 12 de dezembro de 2001, com a publicação do Decreto Estadual nº 3.620, no Diário Oficial. Em assembleia, foram aprovadas 45 entidades para a composição do órgão, seguindo o critério estipulado pela Lei Federal nº 9.433/97, com 40% de entidades de usuários da água, 40% de sociedade civil e 20% de órgãos governamentais. A definição das entidades e membros da diretoria executiva e do conselho consultivo foi finalizada em um seminário realizado em Turvo, em 11 de dezembro de 2001, marcando o fechamento do processo de mobilização.

Afluentes do Mampituba

Anos depois, em 2016, foram iniciadas as discussões para integração dos Afluentes Catarinenses do Rio Mampituba, assim o Comitê passou a responder também pela gestão dos recursos hídricos da face catarinense do Rio Mampituba. Sua abrangência passou de 16 para 22 municípios da AMREC e AMESC; e a área de 3.089 km² para, aproximadamente, 4.313 km². Após a aprovação do novo Regimento Interno em 2020, o Comitê Araranguá e Afluentes do Mampituba foi oficialmente instituído pelo Decreto Estadual nº 664/2020.

As duas bacias hidrográficas possuem plano de recursos hídricos, a Bacia do Rio Araranguá aprovou seu plano hídrico em 2015 e a Bacia do Rio Mampituba em 2021. Nos aspectos socioeconômicos, a bacia possui destaque no cenário estadual, sendo a região com maior produção de arroz irrigado do Estado, o que torna a gestão dos recursos hídricos um grande desafio.

Apoio da entidade executiva

Conforme o coordenador geral do ProFor Águas Unesc, prof. Dr. Carlyle Torres Bezerra de Menezes, “ao longo destes 23 anos desde a sua criação, o Comitê do Rio Araranguá e afluentes catarinenses do rio Mampituba tem sido um espaço fundamental para a discussão e busca da construção de políticas públicas voltadas para a gestão e governança das águas. E sobretudo na busca por soluções e iniciativas que visem recuperação e revitalização desta bacia, que possui ainda um enorme passivo ambiental devido a degradação causada sobretudo pela mineração de carvão em grande parte da sua extensão, além da baixa cobertura em termos de saneamento ambiental, entre outras formas de degradação dos seus rios”.

Menezes afirma que, em todos estes anos, enormes desafios foram enfrentados pelas várias gestões do comitê, e mais recentemente, já no âmbito do período no qual a UNESC assumiu enquanto entidade executiva doórgão, várias ações e projetos foram definidos a partir da definição das prioridades por parte do comitê. Desta forma, nos dois últimos anos projetos, oficinas de capacitação e atividades foram desenvolvidas, tais como para a adoção de políticas hídricas locais, na realização do diagnóstico da qualidade dos seus recursos hídricos, educação ambiental, mudanças climáticas e segurança hídrica, entre outros.

“Tendo acompanhado também em vários momentos de sua história, inclusive como seu representante no Grupo Técnico de Assessoramento do Ministério Público Federal na Ação Civil Pública referente a degradação causada pela mineração de carvão, é muito gratificante constatar o atual estágio de organização em que o comitê de encontra, mesmo tendo muitos desafios e metas a serem atingidas, conforme previsto no seu plano de bacia, no contexto atual é  possível vislumbrar perspectivas positivas nessa construção coletiva”, finaliza.

 

Comitê Araranguá e Afluentes do Mampituba apoia Carta Aberta pelo Fortalecimento do Monitoramento Meteorológico e Hidrológico no Brasil

Documento foi redigido pela Agência Nacional de Águas e Saneamento Básico (ANA)

O Comitê de Gerenciamento da Bacia Hidrográfica do Araranguá e Afluentes Catarinenses do Rio Mampituba é um dos apoiadores da Carta Aberta pelo Fortalecimento do Monitoramento Meteorológico e Hidrológico no Brasil, redigido pela Agência Nacional de Águas e Saneamento Básico (ANA). A manifestação de apoio representa a preocupação que o órgão possui com a operação adequada e permanente da rede meteorológica e hidrometeorológica nacional, prejudicada pela contínua redução de recursos dedicadas a essas atividades econômicas e fundamentais à segurança das pessoas.

A Carta Aberta conta com o apoio de 60 instituições brasileiras que expressam preocupação com a situação atual das redes de estações hidrológicas e meteorológicas. Sendo um dos apoiadores, o Comitê Araranguá e Afluentes do Mampituba reafirma seu compromisso com a gestão sustentável das águas e a segurança hídrica. “A iniciativa destaca a importância de investimentos em redes de monitoramento e tecnologia, essenciais para prever eventos extremos e planejar ações de mitigação de desastres. O apoio do Comitê reflete sua atuação ativa na promoção de políticas públicas que fortalecem a governança hídrica e a resiliência climática em âmbito nacional e regional”, destaca a presidente do Comitê, Eliandra Gomes Marques.

Segundo o documento, o número de estações no país é insuficiente para atender e coletar os dados. Somente nos últimos cinco anos, o orçamento disponível não é o bastante para que a pesquisa continue avançando. Os dados que são coletados para pesquisas permitem analisar as atividades para gestão da água, proteção das pessoas e propriedades diante de secas, inundações e eventos extremos. Além das atividades econômicas que dependem da água e do clima, como a agricultura e a energia.

segunda-feira, 9 de dezembro de 2024

Conferência Intermunicipal de Meio Ambiente do Extremo Sul de SC debaterá emergência climática

Comitê Araranguá e Afluentes do Mampituba é um dos organizadores do evento de amplo diálogo que ocorre nesta semana, com a participação de 10 municípios


A 5ª Conferência Nacional do Meio Ambiente é um processo participativo que ocorrerá em maio de 2025 para debater sobre a emergência climática. Até lá, pequenos encontros acerca da temática serão realizados em todo o Brasil, como a Conferência Intermunicipal de Meio Ambiente do Extremo Sul de Santa Catarina, agendada para a próxima quarta-feira, dia 11 de dezembro. Promovido pelo Comitê de Gerenciamento da Bacia Hidrográfica do Araranguá e Afluentes Catarinenses do Rio Mampituba, em conjunto com a Prefeitura de Sombrio, Associação de Proteção Ambiental Aguapé, ONG Sócios da Natureza, Associação dos Municípios do Extremo Sul Catarinense (Amesc) e a Universidade do Extremo Sul Catarinense (UNESC) e Coletivo Amigos do Meio Ambiente o evento já conta com a participação de 10 municípios e ocorrerá a partir das 13h, na sede da Amesc.

O encontro é aberto ao público e interessados em participar podem se inscrever por meio do link. Como forma de ouvir os moradores da região Sul do país, a participação se estende para toda a população com 16 anos ou mais, principalmente para aqueles que vivem em territórios e condições vulnerabilizados, afetada por seca, enchente, chuvas ou ventos fortes.

“Buscamos, por meio dessa conferência, elaborar propostas concretas para cada eixo temático, que serão encaminhadas para a etapa estadual. Além disso, o evento proporciona a eleição de delegados que representarão a região nas próximas fases, assegurando que as demandas locais sejam consideradas na formulação de políticas públicas ambientais. A participação ativa da comunidade é fundamental para o sucesso da conferência, garantindo que as soluções propostas reflitam as necessidades e realidades da região da AMESC”, enfatiza a presidente do Comitê Araranguá e Afluentes do Mampituba, Eliandra Gomes Marques.

Temas abordados

Sendo a Conferência Intermunicipal preparatória para a etapa estadual, e futuramente para a nacional, o encontro tem o intuito de construir propostas para o enfrentamento da emergência climática em seus cinco eixos temáticos:

·        Eixo I - Mitigação - Redução da emissão de gases de efeito estufa: como palestrantes, a Secretaria de Estado Meio Ambiente e Economia Verde (SEMAE) e a Profª Dra. Elaine Virmond, da UFSC Araranguá;

·        Eixo II - Adaptação e Preparação para Desastres - Prevenção de riscos e redução de perdas e danos: como palestrantes, o superintendente Regional de Porto Alegre do Serviço Geológico do Brasil - SGB/CPRM, Franco Turco Buffon; e a Profª Dra. Cláudia Weber Corseuil, da UFSC Araranguá;

·        Eixo III - Justiça Climática - Superação das desigualdades: como palestrante, o Prof. Dr. Carlyle Torres Bezerra de Menezes, coordenador geral do ProFor Águas Unesc e coordenador do Programa de Pós-graduação em Ciências Ambientais (PPGCA) da Unesc;

·        Eixo IV - Transformação Ecológica - Descarbonização da economia com maior inclusão social: como palestrantes, Marluci Pozzan, da APREMAVI SC; e o mestre Paulo Volnei de Aguiar, do Quilombo São Roque;

·        Eixo V - Governança e Educação Ambiental - Participação e controle social: como palestrante, representante da SEMAE.

Programação

O encontro contará com quatro momentos principais de discussão e dinâmica, a iniciar com os palestrantes especialistas no assunto do eixo temático. Depois, em grupos, os participantes discutirão as ideias e explicações do documento-base para criar suas propostas com base em um dos cinco eixos temáticos. Após, cada grupo de uma temática apresentará as propostas priorizadas para todos os presentes na conferência. Ao fim do encontro, espera-se elaborar 10 ideias prioritárias, sendo até duas por eixo temático.

segunda-feira, 2 de dezembro de 2024

Câmaras Técnicas do Comitê Araranguá e Afluentes do Mampituba se reúnem para reunião conjunta

Encontro teve objetivo de preencher o Protocolo de Monitoramento do Observatório de Governança das Águas


As Câmaras Técnicas de Assuntos Institucionais e Legais (CTIL), de Capacitação em Gestão de Recursos Hídricos (CTMC) e de Mediação de Conflitos e Recursos Hídricos (CTCRH) do Comitê de Gerenciamento da Bacia Hidrográfica do Araranguá e Afluentes Catarinenses do Rio Mampituba, se reuniram na última semana para um encontro conjunto com a presidência e secretaria executiva, que formam um grupo com o objetivo de preencher o Protocolo de Monitoramento do Observatório de Governança das Águas (OGA).

Os indicadores preenchidos trazem uma série de itens a serem investigados e descritos no documento. Para o coordenador da CTIL, Dion Elias Ramos de Oliveira, a reunião foi produtiva e contou com a participação de todos. “Estamos próximo de concluir um trabalho de diagnóstico da nossa bacia. Sabemos que essas oportunidades só enriquecem nosso conhecimento e, sobretudo, discutimos sempre sobre as ações que podemos fazer para a melhoria do uso das águas”, comenta.

Na mesma perspectiva, a coordenadora da CTCRH, Cassandra Costa Selau, conta que integrar a Câmara Técnica é de grande relevância para estar atualizado. “O envolvimento da CTCRH no preenchimento dos indicadores é de suma importância para integrar o comitê aos demais setores na governança das águas, fortalecendo o interesse pela preservação e regeneração do ambiente local”, destaca.

Revisão do Plano de Bacia

Outro assunto discutido em reunião foi a revisão do Plano de Bacia Hidrográfica do Rio Araranguá. O documento, que foi publicado em 2015, teria um prazo de cinco anos para ser revisado. “Por não termos feito esta revisão antes, ele ficou fora do enquadramento dos cursos d'água. Com isso, nós tratamos esse importantíssimo tema, para que possamos fazer a revisão do plano e, por consequência, o enquadramento dos nossos corpos d'água”, enfatiza o coordenador da CTCRH, Sérgio Marini

terça-feira, 26 de novembro de 2024

Emoção e reconhecimento: Comitê Araranguá e Afluentes do Mampituba homenageia ex-presidentes

 Em última Assembleia Geral Ordinária do órgão, órgão entregou moção pelos anos de atuação em prol dos recursos hídricos


Em sua última Assembleia Geral Ordinária de 2024, o Comitê de Gerenciamento da Bacia Hidrográfica do Araranguá e Afluentes Catarinenses do Rio Mampituba homenageou os seus 10 ex-presidentes, que durante as duas décadas de história do órgão atuaram em prol dos recursos hídricos. A reunião – ocorrida nesta terça-feira, 26, na sede da Associação dos Municípios do Extremo Sul Catarinense (Amesc) – contou com a entrega da Moção de Reconhecimento para gratificar as ações que contribuíram para o fortalecimento da governança das águas e a construção de soluções sustentáveis na região.

Foram homenageados: Tadeu Santos; Cezar Paulo De Lucca; Patrice Juliana Barzan; Ernani Palma Ribeiro; Antonio Sérgio Soares; Davide Tomazi Tomaz (In memoriam), representado pelos seus irmãos, Antônio Tomazi Tomaz e Rogério Tomazi Tomaz; Sérgio Marini; Luiz Leme e Lourenço Paim Zanette.

Patrice Juliana Barzan foi a terceira presidente do Comitê, à frente do órgão de 2007 a 2008, e demonstrou gratidão ao receber a homenagem, evidenciando o sentimento de dever comprido pela gestão que liderou. “Fico emocionada e feliz com as ações que desenvolvemos, ainda mais por ver que elas deram resultados e evoluíram para melhor. Se a gente não cuidar da nossa água, quem cuidará? As águas impactam na economia, na cultura, na indústria, na cidade e no comércio da nossa cidade. Essa foi e é a nossa missão, a qual continuamos debatendo”, frisou.

Outro ex-presidente homenageado foi o membro Sérgio Marini, que atuou na presidência de 2016 a 2018, mas está presente no Comitê desde sua fundação. “Em todos esses anos, não desistimos de lutar pela melhoria das águas. Com toda certeza vamos ter dias melhores para nossa futura geração”, destacou.

Para a presidente do Comitê Araranguá e Afluentes do Mampituba, Eliandra Gomes Marques, a assembleia trouxe pautas importantes para a gestão dos recursos hídricos, como o planejamento estratégico, o monitoramento da governança das águas, os cronogramas de AGO para 2025 e ações desenvolvidas nestes um ano e meio de gestão. “Também homenagear os ex-presidentes foi significativo, pois desde a criação do Comitê, cada um fez sua parte contribuindo para a gestão das águas e cada um deu continuidade para o crescimento e fortalecimento do Comitê. E, nós, continuamos ações do Plano e a construindo a governança com outras instituições da Bacia”, completou.

Por fim, o coordenador geral do ProFor Águas Unesc e coordenador do Programa de Pós-graduação em Ciências Ambientais (PPGCA) da universidade, prof. doutor Carlyle Torres Bezerra de Menezes, reforçou o quanto a assembleia teve um caráter especial. “Para além das questões técnicas e administrativas, para mim, o mais marcante foi justamente essa homenagem aos ex-presidentes. Eles carregam uma história muito importante de luta e dedicação em prol do Comitê e isso nos dá uma responsabilidade ainda maior, enquanto Entidade Executiva, de continuar apoiando a execução dos trabalhos. Que privilégio foi poder prestigiar essa reunião, de tanta história, conhecimento e experiências em um só local. Além disso, parabenizamos o resultado do planejamento estratégico realizado de forma coletiva e participativa com o Comitê, assim como a apresentação e entrega da maquete, também dos resultados das oficinas realizadas e dos projetos em andamento”, avaliou.

Planejamento Estratégico

Durante a assembleia, também foram apresentados os resultados do Planejamento Estratégico desenvolvido para o Comitê, para os próximos dois anos. O estudo estabelece e alinha as ações de médio e longo prazo que o órgão pretende atingir, bem como o posicionado do órgão perante o mercado, por meio da análise das forças, fraquezas e ameaças, e a definição da sua missão, valor e postura estratégica.

Temas discutidos

Entre as pautas, diversos outros assuntos também foram abordados durante a AGO. Logo no início do encontro, o gerente de saneamento e gestão de recursos hídricos da Secretaria do Meio Ambiente e Economia Verde (SEMAE), Vinícius Tavares Constante, apresentou sobre as atribuições do Comitê e da Entidade Executiva.

Além disso, foi aprovada a alteração do Plano de Capacitação de 2024 e o calendário de Assembleias Gerais Ordinárias de 2025; houve apresentação e discussão do Monitoramento de Governança das Águas, bem como dos resultados dos projetos desenvolvidos em 2024, em conjunto com o ProFor Águas Unesc, equipe da Entidade Executiva que presta suporte técnico ao Comitê. Ainda, a AGO contou com a apresentação final da maquete da bacia hidrográfica do rio Araranguá e dos afluentes catarinenses do rio Mampituba.


sexta-feira, 22 de novembro de 2024

“Pagamentos por Serviços Ambientais” é tema de capacitação do Comitê Araranguá e Afluentes do Mampituba

Última formação do órgão para este ano foi realizada de forma remota nessa quinta-feira, dia 21 de novembro


O Comitê de Gerenciamento da Bacia Hidrográfica do Rio Araranguá e Afluentes Catarinenses do Rio Mampituba promoveu a sua última capacitação de 2024 nessa quinta-feira, 21, com o tema “Pagamentos por Serviços Ambientais: estratégias de implementação em Bacias Hidrográficas”. A formação foi realizada de forma remota, das 13h às 19h, com o objetivo de preparar os representantes do Comitê e aprimorar a atuação do órgão na região.

A presidente do Comitê, Eliandra Gomes Marques, abriu a capacitação e destacou a importância de o Comitê promover discussões como a dessa quinta-feira. “A formação foi relevante para trazer conhecimentos aos participantes para o desenvolvimento de soluções baseadas na natureza (SBN) e na valorização dos serviços ecossistêmicos. Essa qualificação proporcionou aos membros do CBH uma compreensão mais aprofundada sobre os mecanismos de incentivo à preservação, conservação e recuperação ambiental, fortalecendo a governança hídrica e ampliando a capacidade de integrar iniciativas que promovam a sustentabilidade dos recursos naturais. Por meio do PSA, o Comitê pode articular ações que alinham benefícios ambientais, sociais e econômicos, consolidando sua atuação em prol da gestão integrada e sustentável da bacia”, comenta.

Entre os convidados que trouxeram cases de outras regiões do país para o evento, a especialista em Regulação de Recursos Hídricos e Saneamento Básico na Agência Nacional de Águas (ANA), Consuelo Franco Marra, apresentou o tema “Produtor de Água: metodologia, histórico e nova fase”.

“Essa é uma ação iniciada em 2001, destinada a promover a conservação de recursos hídricos no meio rural, visando à segurança hídrica. Por meio de ações conservacionistas associadas ao pagamento por Serviços Ambientais (PSA), busca-se a melhoria da qualidade e a regulação do fluxo de água nas bacias hidrográficas. Nesses projetos, são previstas ações de conservação da água e do solo, como, por exemplo, a construção de terraços e bacias de infiltração, readequação de estradas vicinais, recuperação e proteção de nascentes e matas ciliares. E, também, ações de saneamento rural”, explica a palestrante.

Já a responsável técnica pelo sistema de abastecimento de água do município de Vera Cruz e coordenadora do Programa Protetor das Águas local, Tanise Etges, apresentou a iniciativa promovida na cidade gaúcha. “No Programa Protetor das Águas de Vera Cruz, avaliamos as áreas de interesse para o projeto, realizamos um estudo, apresentamos uma sugestão de preservação e, em comum acordo, determinamos a área de preservação. Ao concordar, o proprietário assina um contrato de preservação e todo ano ele recebe um pagamento anual referente a essa preservação”, explica a técnica.

Outras temáticas abordadas

Para tornar a capacitação ainda mais completa, o gerente de Economia Verde na Secretaria de Estado do Meio Ambiente e da Economia Verde (SEMAE), Robson Luiz Cunha, falou sobre “Pagamento por Serviços Ambientais”; a engenheira ambiental da Empresa Municipal de Água e Saneamento de Balneário Camboriú (EMASA), Rafaela Comparim Santos, tratou sobre a “Experiência do Produtor de Água do Rio Camboriú”; e a coordenadora da Qualidade do Saneamento Básico e Recursos Hídricos da Aresc, Larissa Martins, abordou sobre “O papel da Agência Reguladora no Programa Produtor de Águas”.

A capacitação contou com a mediação da técnica em Gestão Ambiental do ProFor Águas Unesc, Ana Paula de Mattos, e organização da técnica em gestão hídrica que presta suporte direto ao Comitê, Sabrina Baesso Cadorin.

 

quinta-feira, 21 de novembro de 2024

Comitê Araranguá e Afluentes do Mampituba convoca membros para última AGO de 2024

Reunião vai ocorrer no dia 26 de novembro, na sede da Associação dos Municípios do Extremo Sul Catarinense


Será realizada no dia 26 de novembro a última Assembleia Geral Ordinária (AGO) de 2024 do Comitê de Gerenciamento da Bacia Hidrográfica do Rio Araranguá e Afluentes Catarinenses do Rio Mampituba. Todos os membros estão convocados a participar da reunião, de forma presencial, na sede da Associação dos Municípios do Extremo Sul Catarinense (AMESC), em Araranguá, com primeira chamada às 13h30min, com 50% mais uma das organizações-membro ou na falta de quórum necessário, em segunda convocação às 14h.

Entre os assuntos pautados, estará um momento especial de reconhecimento, quando os ex-presidentes do Comitê serão homenageados. Na sequência, entrarão em pauta a discussão e aprovação do Planejamento Estratégico (2024-2026); a alteração do Plano de Capacitação de 2024; a discussão e aprovação do Calendário de Assembleias Gerais Ordinárias de 2025; a apresentação e discussão do Monitoramento de Governança das Águas; a apresentação dos resultados dos projetos desenvolvidos em 2024; e a formação e apresentação final da maquete da Bacia Hidrográfica do Rio Araranguá e Afluentes Catarinenses do Rio Mampituba, com a participação da Secretaria de Estado do Meio Ambiente e da Economia Verde (SEMAE).

“Neste ano, o Comitê avançou significativamente em diversas frentes. Realizamos projetos estratégicos voltados à gestão sustentável dos recursos hídricos, fortalecemos a governança das águas com ações de capacitação e monitoramento e promovemos diálogos importantes com a sociedade e parceiros. Além disso, consolidamos iniciativas como a atualização de planejamento estratégico. Encerramos 2024 sabendo que cada ação fortaleceu a gestão integrada e participativa nas bacias do Araranguá e no do Mampituba. Seguimos confiantes de que os passos dados este ano consolidam bases sólidas para os desafios e oportunidades que nos aguardam em 2025”, pontua a presidente do Comitê, Eliandra Gomes Marques.

quarta-feira, 13 de novembro de 2024

Comitê Araranguá e Afluentes do Mampituba oportuniza capacitação sobre Pagamentos por Serviços Ambientais

Evento ocorre de forma remota, no dia 21 de novembro, e contará com cinco profissionais com expertise na área

O Comitê de Gerenciamento da Bacia Hidrográfica do Rio Araranguá e Afluentes Catarinenses do Rio Mampituba promoverá sua última capacitação de 2024, com o tema “Pagamentos por Serviços Ambientais: estratégias de implementação em Bacias Hidrográficas”. A formação acontecerá por videoconferência no próximo dia 21 de novembro, das 13h às 19h, e contará com contribuição de cinco profissionais especialistas no assunto. As inscrições já estão abertas e podem ser feitas por meio do link.

A capacitação visa preparar os representantes do Comitê para contribuírem em processos envolvendo programas de pagamentos por serviços ambientais no território da bacia. “Desta forma, podemos desenvolver habilidades na identificação de serviços ecossistêmicos dos locais, além de implementação de mecanismos de pagamentos e facilitação do engajamento dos municípios e com a comunidade regional”, destaca a presidente do Comitê, Eliandra Gomes Marques.

Temáticas abordadas

Dentre os temas a serem tratados na formação, o gerente de Economia Verde na Secretaria de Estado do Meio Ambiente e da Economia Verde (SEMAE), Robson Luiz Cunha, falará sobre “Pagamento por Serviços Ambientais”; assim como a especialista em Regulação de Recursos Hídricos e Saneamento Básico na Agência Nacional de Águas (ANA), Consuelo Franco Marra, abordará o tema “Programa Produtor de Água: metodologia, histórico e nova fase”.

Em seguida, a engenheira ambiental da Empresa Municipal de Água e Saneamento de Balneário Camboriú (EMASA), Rafaela Comparim Santos, tratará sobre a “Experiência do Produtor de Água do Rio Camboriú”. Já a coordenadora da Qualidade do Saneamento Básico e Recursos Hídricos da Aresc, Larissa Martins, abordará sobre “O papel da Agência Reguladora no Programa Produtor de Águas”.

“Trata-se de um projeto baseado no Pagamento por Serviços Ambientais aos proprietários rurais para a melhoria da qualidade ambiental local, aumentando a qualidade e disponibilidade de água para o abastecimento público (Balneário Camboriú e Camboriú). A Aresc é parceira nesse projeto e é responsável por garantir a sustentabilidade financeira do projeto por meio da regulação da tarifa de água dos usuários do Sistema de Abastecimento de Água que se beneficia com as ações do projeto”, explica Larissa.

Por fim, a responsável técnica pelo sistema de abastecimento de água do município de Vera Cruz e coordenadora do Programa Protetor das Águas de Vera Cruz, Tanise Etges, explanará sobre a “Experiência do Programa Protetor das Águas de Vera Cruz”.

Na conclusão da formação, os participantes deverão ter os conhecimentos básicos para colaborar na implementação projetos de conservação nos seus territórios.