quarta-feira, 28 de junho de 2023

Unesc participa da I Conferência Zona Costeira de Santa Catarina, na Univali

Universidade foi representada pelo ProFor Águas, em evento que discutiu a qualidade socioambiental dos municípios litorâneos catarinenses


A Unesc participou da I Conferência Zona Costeira de Santa Catarina, promovida pela Univali, em seu campus de Balneário Camboriú. A instituição foi representada pelo ProFor Águas (Projeto de Fortalecimento dos Comitês de Bacia Hidrográfica do Sul Catarinense), por meio do seu coordenador geral, prof. Carlyle Torres Bezerra de Menezes, que foi o moderador da mesa-redonda “Saneamento ambiental e governança das águas na Zona Costeira”. E do seu coordenador técnico, professor José Carlos Virtuoso, como palestrante.

Em desenvolvimento deste a segunda-feira (26/6), o evento reúne representantes de universidades e institutos de pesquisa catarinenses que desenvolvem estudos no âmbito da zona costeira. Em sua participação, Menezes, que também é coordenador adjunto e docente do Programa de Pós-Graduação em Ciências Ambientais (PPGCA) e docente do curso de Engenharia Ambiental e Sanitária, compartilhou sua experiência acumulada em diversos projetos de pesquisa e extensão desenvolvidos na região litorânea sul. Parte desses estudos  foram desenvolvidos no âmbito do grupo de pesquisa, e no Laboratório de Gestão Integrada de Ambientes Costeiros, igualmente sob sua organização.

Por sua vez, Virtuoso abordou sobre a nova trajetória da Unesc como nova entidade executiva de comitês do sul catarinense. Atuação dentro de um novo modelo implementado pelo governo do Estado, por meio de edital 23/2022 da Fapesc, a partir do qual a instituição dá suporte técnico-científico aos comitês das bacias hidrográficas dos rios Tubarão e Complexo Lagunar, Urussanga e Araranguá e Afluentes do rio Mampituba. Em sua apresentação, ele destacou os desafios do projeto em trabalhar pela mobilização social e governança dos comitês para a efetivação das políticas hídricas na região.

Objetivos

I Conferência Zona Costeira de Santa Catarina teve como objetivo avaliar o estado da qualidade ambiental e bem-estar dos municípios costeiros catarinenses.  E, a partir da discussão fomentada por 16 mesas-redondas e 90 palestrantes (da academia, do setor privado e sociedade civil organizada), discutir e entender os problemas e potencialidades do litoral catarinense, bem como estabelecer as bases de reflexão para a construção de um sistema de indicadores de qualidade ambiental, subsidiando a adoção de politicas públicas ao ordenamento territorial da zona costeira de Santa Catarina.

segunda-feira, 12 de junho de 2023

Comitê Araranguá/Mampituba e COAMA debatem situação do Rio Araranguá e Lagoa do Caverá

Análises, diagnósticos e a realização de uma audiência pública estão no radar para os próximos meses


Com o intuito de debater sobre a necessidade de análise da qualidade da água do Rio Araranguá, bem como a situação de emergência da Lagoa do Caverá, membros do Comitê de Gerenciamento Bacia Hidrográfica do Rio Araranguá e Afluentes Catarinenses do Rio Mampituba reuniram-se com integrantes do Conselho Ambiental de Araranguá (COAMA). A convite do órgão, o encontro ocorreu na última semana, na sede da FAMA (Fundação Ambiental do Município de Araranguá).

A preocupação com os rejeitos depositados no Rio Araranguá é antiga. Nesse sentido, as autoridades conseguiram unir esforços com o Serviço Autônomo Municipal de Água e Esgoto (SAMAE) para realizar análises nos sedimentos encontrados na extensão da bacia. A previsão é que sejam realizadas duas coletas semestrais em cinco pontos diferentes.

E a mobilização não para neste ponto, uma vez que, segundo o presidente do COAMA, João Luis Osório Rosado, o objetivo é tentar ampliar ainda mais essas análises e, por consequência, promover outros projetos e ações direcionados à qualidade do rio.

“Vamos em busca de uma parceria com a UNESC, por meio do ProFor Águas, para realizarmos diagnósticos detalhados sobre a situação atual do curso d’água, que recebe efluentes e rejeitos sólidos de seus afluentes e desemboca no mar. É um projeto que envolve o recolhimento de resíduos sólidos em pontos estratégicos ao longo do rio para posterior análise”, explica a presidente do Comitê Araranguá, Eliandra Gomes Marques.

Lagoa do Caverá

Outro ponto em diálogo no encontro foi a atual situação de emergência da Lagoa do Caverá, que vem sofrendo com a diminuição de seu espelho d’água e assoreamento, por conta da ação humana. Uma problemática que exige um diagnóstico ambiental e batimetria, além de ampliação do debate com a sociedade e usuários.

Diante deste cenário, o Comitê também tem articulado a realização de uma Audiência Pública com a Comissão de Meio Ambiente da ALESC. “Aproveitamos a oportunidade para articular com a ALESC uma audiência para tratar da lagoa que está situada entre os municípios de Araranguá, Arroio do Silva, Sombrio e Balneário Gaivota”, explica Eliandra.

Participação

Também estiveram presentes na reunião, representando o ProFor Águas – atual Entidade Executiva do Comitê –, o coordenador técnico, José Carlos Virtuoso, e a técnica Sabrina Baesso Cadorin; bem como o engenheiro agrônomo da FAMA, Eulinor Pereira da Silva, que é membro do COAMA.

Comitê Araranguá/Mampituba doa mudas de árvores à comunidade

 Ação, que integrou a Semana do Meio Ambiente, reforça apelo em prol da educação ambiental


O Comitê de Gerenciamento da Bacia Hidrográfica do Rio Araranguá e Afluentes Catarinenses do Rio Mampituba, em parceria com a Escola Básica Jardim das Avenidas de Araranguá, participou da Semana do Meio Ambiente promovida pela Fundação Ambiental de Araranguá (FAMA). Enquanto o órgão disponibilizou 40 mudas de árvores nativas para doação à comunidade, a instituição de ensino ficou responsável pela criação de vasos personalizados feitos de garrafa PET. O evento aconteceu no último sábado, 10, na Praça Hercílio Luz.

A ação em conjunto reforça, também, o apelo em prol da educação ambiental. Nesse cenário, no último fim de semana foram expostos banners e disponibilizados folders para todos os visitantes da Feira Semana do Meio Ambiente. Com tema “Por uma sociedade mais consciente” a ação, na visão da presidente do Comitê Araranguá/Mampituba, Eliandra Gomes Marques, foi um momento de prestigiar o trabalho desenvolvido pelo município e pelos demais expositores.

Em meio às trocas de experiências, a representante do Comitê ainda teve a oportunidade de conversar com o deputado estadual Tiago Zilli sobre as dificuldades da Lagoa do Sombrio. “Além de visitar os expositores, aproveitamos o momento para conversar com o deputado, já articulando uma visita e posteriores ações em prol deste importante recurso hídrico localizado no extremo Sul”, destaca a presidente.




Em parceria com Aguapé, Comitê Araranguá/Mampituba promove replantio de árvores

Ação aconteceu na última quinta-feira, 08, e contou com a participação de seis voluntários para cuidar do meio ambiente e valorizar as espécies locais


O Comitê de Gerenciamento da Bacia Hidrográfica do Rio Araranguá e Afluentes Catarinenses do Rio Mampituba promoveu, na última quinta-feira, dia 08, o replantio de mudas de árvores nativas em uma área de 25 mil metros quadrados às margens da BR-101, próxima à lagoa, em Sombrio. A ação, em parceria com a Associação de Proteção Ambiental Aguapé, contou com a participação de seis voluntários, tendo também como objetivo limpar parte do local, contemplando ainda as espécies que resistiram à brusca ação antrópica em ambiente sensível.

Em alusão à Semana do Meio Ambiente, a atividade favoreceu um lugar que tem recebido o zelo da Águapé há mais de 20 anos. Na visão da presidente do Comitê, que também exerce o mesmo cargo na ONG, Eliandra Gomes Marques, a iniciativa foi extremamente importante, uma vez que contribui diretamente na restauração florestal e do solo, historicamente impactadas negativamente pelas ações humanas.

Nesse cenário, as pessoas que se solidarizaram com a causa fizeram um percurso por toda extensão da área cuidada para verificar e acompanhar as condições de árvores plantadas em outras oportunidades e, nos casos de não desenvolvimento, realizou-se o replantio de 13 mudas. “A pretensão da Aguapé é que o espaço seja transformado em um local público para lazer e pesquisa, pois é um dos poucos acessos viáveis à lagoa do Sombrio”, destaca Eliandra.







sexta-feira, 9 de junho de 2023

Desastres naturais são tema de palestra na Semana do Meio Ambiente

Secretário-executivo do Comitê Araranguá e Afluentes do Mampituba, professor Maurício Thadeu Fenilli Menezes, falou sobre o tema em evento na Unesc


A semana foi de intensa agenda com foco em temáticas voltadas ao Meio Ambiente e Valores Humanos. Na noite da última quarta-feira (7/06), em mais um importante evento de debate e conscientização, o secretário-executivo do Comitê de Gerenciamento da Bacia Hidrográfica do Rio Araranguá e Afluentes Catarinenses do Rio Mampituba, professor Maurício Thadeu Fenilli Menezes, ministrou uma palestra sobre “Desastres naturais frente aos processos de urbanização”.

Nesta, que foi a 18ª Semana de Meio Ambiente e Valores Humanos da Universidade do Extremo Sul Catarinense (Unesc), a Instituição contou com a parceria do Projeto de Fortalecimento dos Comitês de Bacia Hidrográfica do Sul Catarinense (ProFor Águas), da Comissão de Meio Ambiente e Valores Humanos (COMAVH) e dos Comitês de Bacia Hidrográfica do Sul Catarinense. A edição abordou a temática “Governança da Água, Saúde e Meio Ambiente”, assunto proposto pelo Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (PNUMA).

Na palestra da quarta-feira, acadêmicos, professores e comunidade em geral puderam refletir e aprender sobre as diferenças entre fenômenos e desastres naturais e a forma como a urbanização, nas últimas décadas e séculos, tem contribuído para o aumento no número de casos e a magnitude do que é registrado.

Maurício iniciou com uma apresentação didática sobre as diferenças entre os fenômenos e os desastres, destacando os reflexos negativos à sociedade como principal diferença e agravante entre cada um.

Conforme o professor, ao longo dos séculos o planeta tem, todos os dias, passado por mudanças. Tais situações, conforme ele, por si só já são refletidas em fenômenos geográficos e climáticos. “São fenômenos naturais que acontecem muito antes de nossos antepassados estarem na terra. Mas todo fenômeno natural é um desastre?”, pontuou, acrescentando que a resposta para o questionamento é negativa.

Entre os principais fatores agravantes para a maior incidência dos desastres naturais, para Maurício, está o crescimento desordenado da urbanização, assim como a falta de planejamento urbano.

“Mesmo diante disso, percebemos que o olhar principal do poder público tem sido para resposta e recuperação das situações, enquanto deveria ser à prevenção, a etapa mais importante e que traz mais resultados de forma mais eficiente”, apontou, sinalizando quais ações fazem parte de cada etapa pré e pós-desastres.

O professor destacou ainda, em imagens e vídeos, comparativos entre a urbanização de cidades da região, do território nacional e até mundial, além de exemplificar fenômenos e desastres por meio de notícias reais.

Missão cumprida

Ao final dos dias intensos de compromissos alusivos à Semana do Meio Ambiente e Valores Humanos, conforme o membro da Comissão de Meio Ambiente e Valores Humanos da Unesc e coordenador geral do Profor Águas Sul/Unesc/Projeto Fapesc, Carlyle Torres Bezerra de Menezes, garante que o sentimento é de satisfação.

“Estamos muito felizes com a participação, os debates e aprendizados possibilitados por meio da programação destes dias. É por meio de ações como essas que podemos avançar nas discussões e ações voltadas ao Meio Ambiente e aos Valores Humanos sob diferentes óticas”, apontou, agradecendo ainda a participação de todos ao longo das atividades e dos parceiros do evento.

 

Texto e foto: Mayara Cardoso/Unesc

quarta-feira, 7 de junho de 2023

“Mediação e Arbitragem de Conflitos” é tema da primeira capacitação do Comitê Araranguá/Mampituba

 Ação, que integra a XVIII Semana do Meio Ambiente e Valores Humanos da Unesc, trouxe novos conhecimentos que devem auxiliar em um dos possíveis desafios das bacias


O Comitê de Gerenciamento da Bacia Hidrográfica do Rio Araranguá e Afluentes Catarinenses do Rio Mampituba promoveu um importante momento de troca de conhecimento para os membros e demais inscritos sobre “Mediação e Arbitragem de Conflitos”. A primeira capacitação de 2023, que integra a programação da XVIII Semana do Meio Ambiente e Valores Humanos da Unesc, aconteceu na manhã desta quarta-feira, dia 07, no Centro de Treinamento da Epagri em Araranguá (CETRAR/EPAGRI).

Com suporte técnico do ProFor Águas e ministrada pelo presidente do Comitê da Bacia do Gravatahy-RS, geólogo Sérgio Luiz Cardoso, o evento também trouxe subsídios a respeito da outorga da água, plano de bacia, sistema de informação e enquadramento, importantes instrumentos da gestão preconizados pela Política Nacional de Recursos Hídricos (PNRH). O palestrante, que possui vasto conhecimento na área, adaptou a apresentação para a realidade das bacias que compõe o Comitê, tendo como ponto de partida as informações fornecidas no questionário pelos inscritos.

Nesse cenário, Cardoso evocou assuntos que demandam um olhar mais atento do Comitê, como por exemplo no que tange às águas subterrâneas e o importante papel dos comitês nas tomadas de decisões. Para fomentar a discussão, reflexões sobre os desafios enfrentados pelo órgão foram provocadas, a fim de trazer novas perspectivas de como vencer os obstáculos e se ter uma atuação ainda mais forte na sociedade.

Troca de experiências

O possível desafio para o Comitê Araranguá e Afluentes Catarinenses do Rio Mampituba, neste caso a mediação e arbitragem de conflitos, é pauta constante no Comitê Gravatahy-RS. Nesse cenário, para trazer clareza aos assuntos expostos, o palestrante tratou sobre as experiências que acumulou ao longo dos últimos anos à frente do órgão no estado vizinho. Conforme Cardoso, esse câmbio de informações tem muito a agregar, uma vez que as iniciativas adotadas por eles podem ser a resposta para outras pessoas.

“O debate central girou em torno dos instrumentos de gestão, de forma mais intensa na outorga do uso da água, que nada mais é do que a distribuição dos recursos hídricos de forma igualitária para todos. As experiências que eu trouxe do Rio Gravataí, que vivenciamos ano após ano, foi importante para evidenciar a importância do Comitê no ambiente político e na tomada de decisões. Afinal de contas, nós somos estrutura do Estado e é nosso dever fazer essas intermediações e articulações”, afirma o palestrante.


Comitê como agente político

Conceitos básicos sobre os instrumentos da gestão dos territórios também foram abordados, contemplando, neste caso, as políticas de meio ambiente, saneamento, resíduos sólidos, unidades de conservação e ordenamento territorial municipal. Ao longo dessa parte expositiva, os próprios inscritos contribuíram na troca de ideias, dado que participaram tanto representantes do governo, usuários de água, população da bacia e acadêmicos interessados no assunto.

A presidente do Comitê Araranguá e Afluentes Catarinenses do Rio Mampituba, Eliandra Gomes Marques, evidencia que se faz imprescindível que os membros se nutram de subsídios técnico e legal e estejam em permanente aperfeiçoamento, como este momento promovido na primeira capacitação do ano. “Temos a possibilidade de arbitrar, em primeira instância administrativa, os conflitos relacionados aos recursos hídricos, conforme consta no a Lei Federal n. 9.433, de 8 de janeiro de 1997, como integrante do Sistema Nacional de Gerenciamento de Recursos Hídricos, em cumprimento do item II do artigo 28. E, para tal, precisamos deter conhecimento para que possamos exercer nossa função de forma mais assertiva”, aponta.

Continuidade da capacitação

Com carga total de seis horas foi definido que as duas restantes serão realizadas a distância, em plataforma digital EAD, com data a ser definida e encaminhada por e-mail para todos os inscritos no curso. “Temos muito o que pensar sobre os conflitos que envolvem o uso da água. Como órgão gestor, somos um parlamento, um espaço de construção coletiva de instrumentos de planejamento e resolução de impasses, tanto no que se refere aos corpos d’água superficiais quanto subterrâneos. A formação veio para aprofundar esse assunto que merece destaque. Nosso objetivo é, a partir do exposto, construir estratégias e ações para a resolução dos conflitos na abrangência da bacia do Rio Araranguá e Afluentes Catarinenses do Rio Mampituba”, destaca Eliandra.



terça-feira, 6 de junho de 2023

Água e saúde são foco da palestra de abertura da Semana de Meio Ambiente da Unesc e Comitês do Sul de SC

 Evento segue até esta quarta-feira (7/06), em Criciúma, Araranguá e Tubarão


A conexão entre a saúde, o completo estado de bem-estar do ser humano, o saneamento e a dependência da disponibilidade de água neste processo permearam a palestra do professor Juliano Gimenez, diretor do Instituto de Saneamento Ambiental da Universidade de Caxias do Sul (UCS/RS), realizada no Auditório Ruy Hülse na noite de segunda-feira (5/06).

O evento abriu a 18ª Semana de Meio Ambiente e Valores Humanos da Unesc, que tem como tema "Governança da Água, Saúde e Meio Ambiente”, proposto pelo Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (PNUMA), neste ano acontece em parceria com o Projeto de Fortalecimento dos Comitês de Bacia Hidrográfica do Sul Catarinense (ProFor Águas) e os Comitês de Bacia Hidrográfica dos Rios Tubarão e Complexo Lagunar; Urussanga; e Araranguá e Afluentes Catarinenses do Rio Mampituba.

Gimenez salientou que a água, a saúde e o saneamento ainda são assuntos desafiadores. “Algo que a sociedade convive desde os primórdios é a necessidade de água para sobrevivência, subsistência, desenvolvimento econômico, qualidade de vida, bem-estar e saúde. Quais as relações disso com a saúde, com o saneamento? Como está esta situação em nível nacional e  mundial que nos indicam a necessidade do ser humano prestar atenção cada vez mais neste recurso tão fundamental? Como a nossa região está e quais os avanços para começar a universalização dos serviços de saneamento no Brasil estabelecido pelo Plano Nacional de Saneamento?”, questionou.

“O saneamento é obra que não aparece e não gera grandes palanques, então é um grande desafio. Apesar disso, é importante destacar que o Brasil tem destaque em políticas de saneamento desde a década de 1970, pois evoluímos muito com o abastecimento de água e diminuição das doenças geradas pela água, por outro lado o esgoto, que também teve evolução importante, ainda possui muitos desafios”, acrescentou.

Entidade Executiva dos Comitês de Gerenciamento das Bacias Hidrográficas da região, a Unesc preparou uma grande programação para a Semana do Meio Ambiente de 2023, que iniciou em Araranguá na manhã de segunda-feira (5/06), com um curso de capacitação com a participação da comunidade geral.

Conforme a pró-reitora de Pesquisa, Pós-graduação, Inovação e Extensão da Universidade, Gisele Coelho Lopes, o aprendizado construído por meio das atividades vai muito além do conteúdo e serve como reflexão para cada um dos envolvidos. “O que vamos fazer após a fala do professor Juliano? Como vamos usar esse aprendizado para começar a mudança em cada um de nós? Pensando nisso, em junho estaremos, ao longo de todo o mês, trabalhando essa temática na Universidade. Enquanto Comunitária, temos na missão institucional a preconização por “educar, por meio do Ensino, da Pesquisa e da Extensão para promover a qualidade e a sustentabilidade do ambiente de vida”. Para isso, precisamos transversalizar essa temática, sobretudo na sala de aula, espaço de reflexão”, apontou.

“A temática que vai permear toda a semana é a água, saúde e meio ambiente, dentro da parceria entre Unesc e Profor Águas, sendo a Universidade, a entidade executiva dos comitês de Bacia Hidrográfica da região. É uma semana mais curta por conta do feriado, mas nem por isso deixaremos de ter uma vasta programação com palestras, lançamento de curta-metragem, práticas integrativas em saúde, além de diversas oficinas com momento de abertura para a comunidade participar”, falou o membro da Comissão de Meio Ambiente e Valores Humanos da Unesc e coordenador geral do Profor Águas Sul/Unesc/Projeto Fapesc, Carlyle Torres Bezerra de Menezes.

O professor comentou ainda que o objetivo maior da programação é sensibilizar a sociedade sobre a preservação da água e a correta utilização do recurso natural. “A abundância dos recursos hídricos não significa que temos uma boa condição. Apesar de 12% da água doce estar no Brasil, boa parte não está disponível para o consumo. Muitas vezes temos quantidade, mas não temos qualidade”, concluiu.

Outras informações sobre a 18ª Semana do Meio Ambiente e Valores Humanos podem ser obtidas por meio do link: XVIII Semana do Meio Ambiente e Valores Humanos (doity.com.br).

 

Texto: Marciano Bortolin/Agecom/Unesc

Fotos: Décio Batista/Agecom/Unesc

sexta-feira, 2 de junho de 2023

ProFor Águas Unesc discute parceria com CISAM-Sul para estudo de águas subterrâneas

 Reunião, em Orleans, marcou o início de um processo de colaboração para subsidiar a gestão hídrica regional

A disponibilização de dados para o estudo sobre a qualidade das águas subterrâneas nas bacias hidrográficas da região. Este foi o objetivo da reunião desta semana do ProFor Águas Unesc com o superintendente do Cisam-Sul (Consórcio Intermunicipal de Saneamento Ambiental), Antonio Willemann, na sede do Consórcio, em Orleans. Representaram o projeto o seu coordenador técnico, José Carlos Virtuoso, o técnico de Hidrogeologia, Sergio Galatto, e a geóloga Marciéli Frozza.

Na oportunidade, Virtuoso entregou a Willemann documento oficializando o pedido de parceria, para que o Cisam-Sul libere o acesso dos técnicos do ProFor Águas ao seu banco de dados, dentre outras possibilidades de atuação conjunta. Essa busca de parceria vem ao encontro de um dos escopos do projeto, relacionado ao diagnóstico das águas subterrâneas.  Estudo esse necessário à caracterização da qualidade natural das águas subterrâneas brutas a nível de aquíferos e região hidrográfica, atualmente carente de informações.

“Temos grande interesse em colaborar nesse processo, pela importância do diagnóstico, favorecendo a gestão hídrica na nossa região”, disse Willeman. Para Galatto, os estudos devem contribuir para a inserção das águas subterrâneas nos Planos de Recursos Hídricos das Bacias Hidrográficas, assim como na implementação de programas, de outros instrumentos de gestão e futuras revisões do PERH/SC.

A parceria, que também será estendida a outros órgãos, com o Serviço Geológico Brasileiro (SGA/CPRM), ganha um caráter ainda maior do ponto de vista institucional no que tange construção de governança nas regiões hidrográficas do sul catarinense. “Esses processos colaborativos que estamos iniciando, compreende um arranjo que começa a articular e integrar órgãos tão importantes no trabalho colaborativo interinstitucional em favor da gestão hídrica regional”, analisa Virtuoso.

Como primeiro resultado da reunião, que também contou com a participação do engenheiro ambiental que trabalha no Cisam, Felipe Souza Fagundes, ficou estabelecida a definição de uma agenda ainda para o mês de junho, na sede do consórcio. Oportunidade em que o projeto será apresentado aos municípios consorciados, onde são gerados os dados que subsidiarão o diagnóstico.

Abrangência do Cisam

Fundado pela Funasa (Fundação Nacional de Saúde), em 2006, o Cisam-Sul abrange atualmente 23 municípios nas três microrregiões do sul catarinense – Amurel, Amrec e Amesc. Dente esses, 21 são consorciados e em 17 o órgão atua como agência reguladora. Seu papel é realizar trabalhos de orientação, regulação e fiscalização, para que os serviços públicos municiais de saneamento passem por processo de melhoria contínua.

São consorciados 21 municípios - Balneário Rincão, Cocal do Sul, Grão-Pará, Içara, Imaruí, Imbituba, Jacinto Machado, Jaguaruna, Meleiro, Morro da Fumaça, Morro Grande, Orleans, Pedras Grandes, Praia Grande, Sangão, Santa Rosa do Sul, São Ludgero, Timbé do Sul, Treviso e Urussanga. E em 17 o Cisam-Sul atua como agência reguladora. São eles: Balneário Rincão, Cocal do Sul, Criciúma, Grão-Pará, Içara, Meleiro, Morro Grande, Nova Veneza, Orleans, Pedras Grandes, Praia Grande, Sangão, Santa Rosa do Sul, São Ludgero, Timbé do Sul, Treviso e Urussanga.

Semana do Meio Ambiente repleta de ações nos Comitês do Sul de SC

 Diversas palestras e capacitações integram a programação da XVIII Semana do Meio Ambiente e Valores Humanos da Unesc


O início de junho é sempre marcado por ações que mobilizam e conscientizam os indivíduos no que diz respeito à natureza. Na próxima semana, entre dos dias 05 e 08 de junho, os Comitês de Bacia Hidrográfica do Sul Catarinense desenvolverão diversas atividades que visam aprimorar conhecimentos e sensibilizar o público para a melhor gestão dos recursos hídricos. As ações integrarão a XVIII Semana do Meio Ambiente e Valores Humanos da Universidade do Extremo Sul Catarinense (Unesc) e serão realizadas em diversas cidades.

Segunda-feira - 05/06

A programação começa na segunda-feira, dia 05, às 8h30, com uma capacitação promovida pelo Comitê Urussanga sobre “Monitoramento Hidrológico e Eventos Críticos”. O curso de curta duração será ministrado pelo pesquisador Dr. Álvaro José Back no Centro de Treinamento da Epagri em Araranguá (CETRAR/EPAGRI), no período da manhã e possibilitará uma visita para aula prática à tarde, na estação telemétrica da Agência Nacional de Águas e Saneamento Básico (ANA), em Ermo.

No mesmo dia, a partir das 19h, acontecerá a abertura oficial da XVIII Semana do Meio Ambiente e Valores Humanos da Unesc – instituição responsável pelo ProFor Águas, a Entidade Executiva dos Comitês. O evento será realizado no Auditório Ruy Hülse e conduzido pelo professor Dr. Juliano Rodrigues Gimenez, da Universidade de Caxias do Sul (UCS), que em sua palestra, abordará o tema “Água e saneamento: do básico ao essencial”.

Terça-feira – 06/06

Já na terça-feira, dia 06, das 14h às 16h, o Comitê Tubarão, Complexo Lagunar e Bacias Contíguas promoverá um momento de exposição e discussão do mesmo assunto no Auditório da Associação de Municípios da Região de Laguna (Amurel).

Quarta-feira – 07/06

Na quarta-feira, dia 07, será a vez do Comitê Araranguá viabilizar a capacitação sobre “Mediação e Arbitragem de Conflitos em Gestão de Recursos Hídricos dentro de uma Bacia Hidrográfica”. Mediado pelo presidente do Comitê Gravatahy-RS, o geólogo Sérgio Luiz Cardoso, o evento acontecerá a partir das 08h30min, no Centro de Treinamento da Epagri, em Araranguá (CETRAR/EPAGRI).

À noite, o secretário-executivo do Comitê Araranguá e Afluentes Catarinenses do Rio Mampituba, Prof. Me. Maurício Thadeu Fenilli, participará da extensa agenda de ações promovidas pela Unesc, palestrando sobre “Os principais desastres naturais geológicos no Estado de Santa Catarina”. O debate acontece a partir das 19h no Auditório Edson Rodrigues, localizado no Bloco P da universidade.

Quinta-feira – 08/06

Para finalizar, na quinta-feira dia, 08, a Águapé - uma Associação de Preservação Ambiental membro do Comitê Araranguá - realizará uma ação para o plantio de mudas nativas a partir das 9h. O evento acontecerá na reserva do órgão, no trevo de acesso a São João do Sul, à esquerda no sentido Sombrio/Torres.

Demais eventos

A Unesc ainda realizará diversos outros eventos no decorrer da sua XVIII Semana do Meio Ambiente e Valores Humanos. Interessados em mais informações podem acessar a programação completa neste link.