quinta-feira, 30 de março de 2023

ProFor Águas: Unesc é apresentada à comunidade como Entidade Executiva

Visando fortalecimento dos comitês de bacias hidrográficas do Sul catarinense, Instituição atuará na prestação de suporte técnico com equipe qualificada





Com o intuito de contribuir com os comitês das bacias hidrográficas do Sul de Santa Catarina, a Unesc, que completa 55 anos em 2023, foi oficialmente apresentada como Entidade Executiva dos órgãos.

A comunidade conheceu o Projeto de Fortalecimento dos Comitês de Bacia Hidrográfica do Sul Catarinense (ProFor Águas), em evento realizado na tarde desta quinta-feira (30/03), no Auditório Ruy Hülse.

Com uma equipe qualificada, a Universidade dará o suporte técnico necessário aos Comitês de Gerenciamento das Bacias Hidrográficas do Rio Tubarão, Complexo Lagunar e Bacias Contíguas; Rio Araranguá e Afluentes Catarinenses do Rio Mampituba; e Rio Urussanga, que abrangem 47 municípios.

“Para a Unesc, retomar este protagonismo de assessoramento aos comitês que cuidam de quatro grandes bacias hidrográficas da nossa região é uma conquista fantástica, afinal uma das bandeiras da Universidade é trabalhar o meio ambiente, a matriz energética e os recursos hídricos”, salienta a reitora, Luciane Bisognin Ceretta.

 

“Um projeto para a vida”

Segundo a reitora, o projeto contribui também com a vida acadêmica, pois a Universidade possui um Mestrado e um Doutorado em Ciências Ambientais, que trabalham com os recursos hídricos.

O compromisso assumido com as bacias se dá após a Instituição ter o seu projeto aprovado por meio do Edital de Chamada Pública nº 32/2022, da Fundação de Amparo à Pesquisa e Inovação do Estado de Santa Catarina (Fapesc), dentro do Programa de Fortalecimento dos Comitês de Bacias Hidrográficas.

“Nós estávamos há muito tempo planejando como faríamos para intervir na questão da preservação da nossa água por meio do Projeto Bacias e agora surge a oportunidade. Estamos com uma equipe muito bem elaborada e coordenada, com projetos e objetivos bem desenhados, com apoio da Fapesc, por meio de recursos para financiar o projeto, além de toda a expertise das nossas equipes e a boa vontade do poder público, seja Legislativo ou Executivo, de todas as cidades que compõem as quatro grandes bacias”, enfatiza a reitora.

“Esse é um projeto que vai além de dois anos. É um projeto para a vida. Precisamos olhar para os nossos rios e não dar as costas para os recursos hídricos”, acrescenta.

A iniciativa foi do professor, Carlyle Torres Bezerra de Menezes, pesquisa e coordenador do projeto. “Ele vai ao encontro à missão da Universidade na busca do desenvolvimento da qualidade do ambiente de vida, na perspectiva da sustentabilidade e contempla várias ações e metas previstas no edital da Fapesc, com o fortalecimento dos comitês, a partir de processo de capacitação, desenvolvimento e aperfeiçoamento, instrumentos de gestão que esses órgãos desenvolvem, e de estabelecer no seu dia a dia em função do atendimento da Política Nacional dos Recursos Hídricos”, diz.

Além de Carlyle, a equipe é formada por diversos profissionais com experiência na área. “A água é um elemento importante quando se pensa no desenvolvimento da qualidade de vida, mas precisamos pensar nela não somente com relação ao uso, mas naquilo que a Universidade já trabalha: a água como um elemento de vida e na relação que a sociedade pode ter com os rios”, pontua.

A diretora de Ciência, Tecnologia e Inovação da Fapesc, Valeska Daniela Tratsk, destaca que é por meio das Universidades Comunitárias que a realização de pesquisas como esta é possível.

“Há todo um planejamento em conjunto com as Universidades Comunitárias para que possamos cada vez mais ter recursos para aportar nas regiões de Santa Catarina. Seguiremos trazendo o melhor que a Fapesc possui, que é o fomento para a pesquisa”, fala.

 

Orientação

O trabalho desempenhado pela Unesc neste processo será orientado pela Carta Brasileira de Cidades Inteligentes e Sustentáveis, que constitui uma referência para utilização de pessoas e instituições engajadas com a melhoria na qualidade de vida dos municípios.

No documento consta o conceito de cidades inteligentes para o Brasil e uma agenda para a transformação digital das cidades brasileiras na perspectiva do desenvolvimento urbano sustentável.

O lançamento do ProFor Águas ainda contou com a palestra “Realidades incompletas na gestão de recursos hídricos”, ministrada pelo  do reitor da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), Carlos André Bulhões.

 

O que dizem os representantes dos comitês:

“É com grande expectativa que nós do Comitê do Rio Tubarão vivemos este dia, que já é especial. É com dificuldades que os comitês administram a situação neste momento. Vimos esse ato com uma grande perspectiva diante do conhecimento e expertise que a Unesc têm em todos os ramos da ciência. É um grande alento para a nossa região de Tubarão, que vive problemas de diversas ordens; um passo inicial. Torcemos para que daqui a dois anos tenhamos grandes resultados. Sabemos que teremos uma orientação produtiva, é nisso que aguardamos e cremos” – Vice-presidente do Comitê da Bacia Hidrográfica do Rio Tubarão, Complexo Lagunar e Bacias Contíguas, Rafael Marques.

“Estamos muito confiantes com a parceria, porque sabemos que a Unesc é uma Universidade que possui excelentes professores. Sou egressa e conheço grande parte dos profissionais que fazem parte do projeto e que, com certeza, farão o comitê alçar novos voos. Sabemos que darão um carinho especial aos três comitês, nos ajudando a ter um ótimo 2023 e 2024” – Presidente do Comitê do Rio Urussanga, Lara Possamai Weller.

“O Comitê de Araranguá vinha de um período de dificuldades, devido à falta de apoio de uma Entidade Executiva. Agora, com a Unesc nesse papel, será um novo ânimo e os comitês sairão da estagnação. Vimos com bons olhos a presença da Unesc e entendemos que haverá muitos benefícios para a bacia. Iremos tirar ideias que tínhamos em mente, colocaremos no papel e promoveremos novas ações na gestão dos recursos hidrigos” – Presidente do Comitê da Bacia do Rio Araranguá e Afluentes Catarinenses do Rio Mampituba, Lourenço Zanette.

 

O que dizem outras autoridades sobre o ProFor Águas:

“Precisamos primeiro parabenizar a Unesc pela iniciativa de ser protagonista neste momento. Quando pensamos nos recursos hídricos, analisamos a preservação, a garantia deles e a sua gestão na região Sul como um todo. O desenvolvimento da região passa por pilares importantes e um deles é a infraestrutura que tem tudo a ver com a água de qualidade, em abundância, na preservação das possíveis estiagens, para ter condições de não parar o desenvolvimento econômico quando surgirem dificuldades, mas ao mesmo tempo ter a  garantia que os recursos hídricos estão sempre disponíveis” – Diretor de Desenvolvimento Econômico de Criciúma, Aldinei Potelecki

“Para pensar em desenvolvimento, precisamos antes pensar em estudo dos recursos que temos disponíveis. Então, analisando o contexto hídrico da nossa região, é preciso refletir no futuro do segmento náutico, logístico e no desenvolvimento da estrutura de bacias hidrográficas. Quando pensamos em futuro turístico, não temos como desconsiderar os eventos da natureza. Nós do Vale do Araranguá temos focado na estruturação do turismo da região, no desenvolvimento náutico, na fixação da barra e todo o projeto logístico” – Presidente da Associação Empresarial de Araranguá, Édio Kunhasky Junior.

 


quarta-feira, 29 de março de 2023

Comitê Araranguá/Mampituba participa de assembleia do Comitê Mampituba/RS

 Plano de saneamento de Passo de Torres foi apresentado no evento, juntamente com o ProFor Águas Unesc



O Comitê de Gerenciamento da Bacia Hidrográfica do Rio Araranguá e Afluentes Catarinenses do Rio Mampituba participou, na última quarta-feira (29/03) em Torres, da Assembleia Ordinária do Comitê de Gerenciamento da Bacia Hidrográfica do Rio Mampituba, do Rio Grande do Sul. O órgão catarinense foi representado pelo secretário de Meio Ambiente e Planejamento Urbano de Passo de Torres, Roger Santos Maciel, que representa a secretaria de seu município no comitê catarinense. Biólogo de formação, com mestrado em Ciências Ambientais, ele apresentou o Plano Municipal de Saneamento passotorrense, apontando um horizonte futuro muito positivo à coleta e tratamento de esgoto na sua cidade.

Essa presença no evento no município vizinho deveu-se ao fato da necessidade de gestão integrada entre Torres/RS e Passo de Torres/SC, onde está situada a foz do Rio Mampituba. O cuidado ou a falta dele no manejo dos recursos hídricos em um dos municípios afeta diretamente a qualidade da água na bacia e sobretudo no Rio Mampituba, na divisa entre os estados catarinense e gaúcho.

Ao apresentar a situação atual do Plano da cidade catarinense, Maciel informou que Passo de Torres já deverá alcançar um terço de coleta e tratamento de esgoto até o final de 2024.  “Assim, buscaremos alcançar a meta até 2033 do novo marco de saneamento, que é de 90% da população com água e esgoto tratados”, informou.


ProFor presente

Convidada para a assembleia do comitê gaúcho, a equipe técnica do ProFor Águas (Projeto de Fortalecimento dos Comitês do Sul Catarinense) da Unesc também participou da reunião, por meio do seu coordenador técnico, prof. José Carlos Virtuoso. Fazendo uso da palavra no momento dos assuntos gerais, ele apresentou brevemente o novo modelo de Entidade Executiva dos comitês em SC, destacando o aspecto de inovação pela presença das universidades comunitárias no processo, fomentado pelo órgão gestor das políticas hídricas do Estado em parceria com a Fapesc. Sobretudo, a incorporação da pesquisa como um dos objetivos do plano de trabalho, com o diagnóstico das águas subterrâneas nas bacias.

A presença de representantes do Comitê Ararauguá/Mampituba e do ProFor na reunião gaúcha suscitou uma discussão muito produtiva, quando o secretário executivo do comitê Mampituba/RS, professor Christian Linck da Luz, manifestou a alegria pelo novo momento dos comitês catarinenses. “Estamos muito animados com esse novo momento e acreditamos no trabalho da Unesc para fortalecer e, sobretudo, promover uma maior aproximação do nosso comitê com o do Araranguá/Mampituba em benefício da efetiva gestão hídrica”, afirmou.

Além do coordenador técnico do ProFor, participaram da assembleia de Torres a técnica em Gestão Ambiental Ana Paula Matos, que atua no apoio da coordenação do projeto; bem como a bolsista de Recursos Hídricos Sabrina Baesso Cadorin, responsável pelo suporte técnico junto ao Comitê do Rio Araranguá/Mampituba.



terça-feira, 28 de março de 2023

Alunos da Engenharia Ambiental e Sanitária visitam ProFor Águas

 Encontro com parte da equipe técnica ocorreu na sede do projeto, no Iparque


A bacias hidrográfica como unidade de planejamento ambiental e, sobretudo, os processos de gestão participativa para a promoção da governança hídrica no seu território. Estes foram alguns dos temas abordados durante a visita técnica dos alunos da primeira fase de Engenharia Ambiental e Sanitária da Unesc à sede do ProFor Águas (Projeto de Fortalecimento dos Comitês de Bacia Hidrográfica do Sul Catarinense), na noite de segunda-feira, 27/3.

Promovido como atividade da disciplina de Desafios e Oportunidades na Engenharia Ambiental e Sanitária, da professora Paula Tramontin Pavei, o tour pelas instalações do Iparque contemplou os diversos institutos de pesquisa no parque tecnológico e científico.

No ProFor Águas, os acadêmicos foram recebidos pelo coordenador geral do projeto, professor Carlyle Torres Bezerra de Menezes, e pelo coordenador técnico, professor José Carlos Virtuoso. Também participaram as engenheiras ambientais e sanitárias Fernanda Dagostin Szymanski e Sabrina Cadorin, que atuam como técnicas nos comitês dos rios Tubarão/Complexo Lagunas e Araranguá/Mampituba, respectivamente.

Na oportunidade, Menezes contextualizou a experiência do novo projeto, fruto de Edital da Fapesc voltado ao fortalecimento dos comitês catarinenses, que fez das universidades comunitárias as Entidades Executivas dos Órgãos. No caso, a Unesc assumiu essa função junto aos comitês do Sul catarinense – dos Rios Araranguá/Mampituba, Tubarão/Complexo Lagunar e Urussanga.

Nesse sentido, na composição das suas equipes técnicas, o engenheiro ambiental e sanitarista tem seu espaço a desempenhar.  “Além do domínio técnico robusto na área de engenharia, as habilidades para a mobilização social e promoção de processos participativos de decisão são um aspecto muito importante para os jovens desenvolverem ao longo de sua formação”, destacou ele, durante sua abordagem aos jovens.

A equipe do Profor Águas conta ainda com as atuações da Ana Paula de Matos (Técnica em Gestão Ambiental), Guilherme Alves Elias (Pesquisador), Francine Ferreira (Técnica em Comunicação), Sérgio Luciano Galatto (Coordenador de estudos sobre recursos hídricos subterrâneos), Bruna Wormesbecker (Apoio aos estudos sobre recursos hídricos subterrâneos), Bruna Borsatto Lima (Técnica em Gestão Ambiental) e Graziela Elias (Técnica do Comitê Urussanga).



quinta-feira, 23 de março de 2023

Atuação do Comitê Araranguá ganha destaque em Treviso

 Integrantes do órgão e Entidade Executiva participaram de seminário alusivo ao Dia Mundial da Água

Seguindo a programação do Dia Mundial da Água no Sul de Santa Catarina, a atuação do Comitê da Bacia do Rio Araranguá e Afluentes Catarinenses do Rio Mampituba ganhou destaque durante o Seminário “Plantando Água”, realizado em Treviso nessa quarta-feira, 22 de março. A ação teve como objetivo promover a aproximação do Comitê Araranguá com a comunidade do município.

O seminário foi promovido pelo Instituto Alouatta, em parceria com o governo municipal, IMA, Funtrevi (Fundação de Meio Ambiente de Treviso) e Secretaria de Educação, e reuniu representantes de diversos setores - mineração, agricultura, turismo, dentre outras - para discutir a preservação e potencialização dos recursos hídricos aos múltiplos usos.

Durante seu pronunciamento, o presidente do Comitê Araranguá, Lourenço Zanette, deu ênfase à experiência prática do órgão e ressaltou o desafio de mobilizar a sociedade para participar de um processo de gestão hídrica da bacia. “Principalmente, por se tratar de uma região com grande uso de água, em razão da rizicultura. Nesse sentido, temos nos esforçado para contribuir na mediação de conflitos pelos usos de água, ajudando a solucionar situações delicadas no território da bacia”, afirmou.

O coordenador geral da Entidade Executiva do Comitê Araranguá, o prof. Carlyle Torres Bezerra de Menezes destacou o novo modelo adotado pelo Governo do Estado, passando às IES (Instituições de Ensino Superior) a função de Entidades Executivas.

Uma equipe vinculada à Unesc passou a atuar com suas equipes técnicas no apoio técnico, acadêmico e científico aos três comitês de bacias hidrográficas do Sul Catarinense, coordenada pelo professor, que integra o quadro docente do Programa de Pós-graduação em Ciências Ambientais (PPGCA), atuando também no curso de Engenharia Ambiental  e Sanitária da universidade.

“Foi importante destacar da participação da comunidade no processo de gestão hídrica, de modo a garantir um processo participativo e democrático e a disponibilidade de água para todos. Além disso, lembramos que a água é um recurso finito e um bem comum. Nesse sentido, a contribuição da universidade torna-se fundamental para ajudar os comitês a cumprirem seu papel de governança”, completa.

Na mesma oportunidade, o coordenador técnico da Entidade Executiva, José Carlos Virtuoso, que também é professor com doutorado em Ciência Ambientais, salientou que os comitês de bacia são instrumento importante da Política Nacional de Recursos Hídricos, por meio da Lei 9.433/1997. “A partir da mobilização social envolvendo todos os segmentos – os usuários de água, os órgãos governamentais e a população da bacia, conseguimos promover a governança que vai permitir a gestão hídrica no território da bacia, em benefício de todos”, ressalta.



Alunos de Nova Veneza aprendem sobre preservação da água com o Comitê Araranguá

 Durante o Dia Mundial da Água, em torno de 200 estudantes puderam refletir sobre a necessidade de cuidado com o recurso

Em torno de 200 alunos do Colégio Estadual Abílio César Borges, de Nova Veneza, puderam aprender mais sobre a importância da preservação da água na manhã dessa quarta-feira, 22 de março. Seguindo a programação do Dia Mundial da Água, o vice-presidente do Comitê da Bacia do Rio Araranguá e Afluentes Catarinenses do Rio Mampituba, Sérgio Marini, destacou junto aos estudantes, a necessidade de reflexão sobre o cuidado com o recurso.

Conforme Marini, o encontro proporcionou que o órgão pudesse destacar um breve histórico de suas atividades, bem como a realidade dos recursos hídricos da bacia, do Brasil e do mundo, chamando a atenção dos alunos.

“Ressaltamos os principais desafios que nossa região enfrenta no que diz respeito à quantidade e qualidade da água disponível, assim como a importância da conscientização e da ação de cada um de nós para propagar diariamente as ações de cuidado com este recurso, que é finito”, afirma.

Além disso, o material educativo, com folders, cartilhas e o próprio Plano da Bacia, foi distribuído para os professores e alunos. “Foi uma manhã muito proveitosa, todos se interessaram muito pelo assunto, tanto que já deixamos combinado de retornar com uma grande ação na Semana do Meio Ambiente, também para as turmas dos períodos da tarde e noite”, completa o vice-presidente.




quarta-feira, 22 de março de 2023

Comitê Araranguá define data da 1ª Assembleia Geral Extraordinária de 2023

Reunião entre integrantes da atual mesa diretora e Entidade Executiva debateu, ainda, cronograma de 2023 e eleição da próxima diretoria

A 1ª Assembleia Geral Extraordinária do Comitê da Bacia Hidrográfica do Rio Araranguá e Afluentes Catarinenses do Rio Mampituba acontecerá no próximo dia 04 de abril, com primeira chamada a partir das 13h30min no CETRAR Epagri, em Araranguá. A data foi definida em reunião da diretoria realizada nessa segunda-feira, 20, juntamente com integrantes da Entidade Executiva do Comitê.

De forma geral, a reunião desta semana encaminhou as principais pautas para a primeira Assembleia Geral Extraordinária do ano no Comitê Araranguá. “Conseguimos alinhar todo o cronograma para 2023, bem como as definições para o próximo processo eleitoral, que acontecerá entre o fim de abril e início de maio. Foi um dia de trabalho muito produtivo”, ressalta o presidente do órgão, Lourenço Zanette.

Para o coordenador técnico da Entidade Executiva, José Carlos Virtuoso, o momento é importante, uma vez que tais definições contribuem consideravelmente para o processo de retomada dos trabalhos no Comitê. “A atual diretoria é muito comprometida e esperamos que consigamos ter uma participação bem efetiva de todos os membros em 2023. A partir desse processo de renovação, esperamos que o Comitê que se fortaleça e, por consequência, consiga ir cada vez mais ao encontro dos seus objetivos de mobilização social e efetivação das políticas de gestão hídrica na bacia”, completa.



Para Comitê Araranguá, sociedade precisa ter mais consciência com o uso das águas

 Por falta de uma gestão efetiva dos recursos hídricos, Bacia do Rio Araranguá é uma das mais conflitantes do Estado


A falta de consciência da sociedade com o uso dos recursos hídricos no dia a dia, para o Comitê da Bacia Hidrográfica do Rio Araranguá e Afluentes Catarinenses do Rio Mampituba, é o grande alerta que precisa ser novamente evidenciado neste Dia Mundial da Água – celebrado na quarta-feira, 22 de março. Essa realidade, aliada à não efetivação de políticas públicas para a sua gestão, tem feito da região, uma das com maior número de registros de conflitos pelo uso da água em Santa Catarina.

De acordo com o vice-presidente do Comitê Araranguá, Sérgio Marini, a bacia não pode reclamar dos índices pluviométricos, uma vez que costuma chover consideravelmente. No entanto, a quantidade de conflitos por conta da falta de gestão dos recursos hídricos preocupa, assim como a pouca reservação da água, deixando a região à mercê das chuvas.

“Nossos mananciais têm períodos de bastante água, mas ficam rapidamente vazios em outros momentos do ano, aumentando a insegurança hídrica e, por consequência, os conflitos entre os mais variados usuários. Para mudar essa realidade, temos que fortalecer todo o sistema de gestão dos recursos hídricos da bacia, envolvendo gestores e sociedade civil organizada na criação de políticas públicas com uma visão inteligente, para que todos estejam engajados no futuro das nossas águas”, argumenta Marini.


Enquadramento

Além disso, segundo o vice-presidente do Comitê, a realização do enquadramento dos recursos hídricos da Bacia do Rio Araranguá e Afluentes Catarinenses do Rio Mampituba é outra grande necessidade da região, para promover uma verdadeira radiografia da qualidade das águas.

“Com isso, identificaríamos efetivamente de todas as cargas poluidoras da bacia e poderíamos estabelecer metas para melhorar a qualidade dessas águas. O Comitê tem o grande objetivo de buscar a sustentabilidade no futuro dos recursos hídricos, mas as pessoas deveriam estar mais engajadas. Infelizmente, o próprio poder público ainda não dá essa prioridade para que a sociedade organizada busque a solução do problema”, ressalta Marini.


Mobilização

Diante dessa situação, o apelo do vice-presidente é para que o poder público, as entidades e a própria comunidade retomem o ânimo de trabalho em prol da preservação das águas do Extremo Sul catarinense. “O Comitê já trouxe grandes avanços de conscientização entre os principais atores da bacia, mas nossa angústia é que poderíamos promover a mudança em uma velocidade ainda maior, se tivéssemos a mobilização e a preocupação de todos os envolvidos”, alerta.

Com o objetivo de ampliar o debate, também, para as gerações mais jovens, o Comitê da Bacia do Rio Araranguá e Afluentes Catarinenses do Rio Mampituba participa de ações de educação ambiental neste Dia Mundial da Água. A partir das 8h30min, por exemplo, contribuirá em uma troca de informações com alunos do Colégio Estadual Abílio Cézar Borges, em Nova Veneza.


A Entidade Executiva

Uma novidade que contribuirá para o fortalecimento das ações a partir deste ano é que, agora, uma equipe vinculada à Universidade do Extremo Sul Catarinense (Unesc) assumiu a função de apoio técnico ao Comitê Araranguá. A instituição teve seu projeto aprovado pela Fundação de Amparo à Pesquisa e Inovação do Estado de Santa Catarina (Fapesc), no Programa de Fortalecimento dos Comitês de Bacias Hidrográficas, por meio do Edital de Chamada Pública FAPESC nº 32/2022 e é a nova Entidade Executiva do órgão.


A Bacia

Tendo como principal manancial o Rio Araranguá, a Bacia do Rio Araranguá e Afluentes Catarinenses do Rio Mampituba abrange, integral ou parcialmente, 22 municípios do Sul de Santa Catarina: Araranguá, Balneário Arroio do Silva, Balneário Rincão, Ermo, Jacinto Machado, Maracajá, Meleiro, Morro Grande, Timbé do Sul, Turvo, Criciúma, Forquilhinha, Içara, Nova Veneza, Siderópolis, Treviso, Praia Grande, São João do Sul, Santa Rosa do Sul, Balneário Gaivota, Passo de Torres e Sombrio.





quarta-feira, 1 de março de 2023

Atividades de 2023 são iniciadas no Comitê Araranguá

 Reunião com a Entidade Executiva que dará suporte nas ações diárias do Comitê debateu as principais demandas da bacia para o ano


O enquadramento das águas da Bacia Hidrográfica do Rio Araranguá e Afluentes Catarinenses do Rio Mampituba, a situação das águas subterrâneas e a manutenção da mediação de conflitos pelo uso da água são as principais demandas que, no decorrer de 2023, devem ganhar a atenção do Comitê Araranguá. Nesta quarta-feira, 1º de março, a diretoria do grupo reuniu-se – pela primeira vez neste ano – com a equipe da Entidade Executiva que prestará o suporte necessário na realização das atividades em prol da gestão e governança hídrica da região.

Segundo o presidente do Comitê Araranguá, Lourenço Zanette, a retomada dos trabalhos neste ano chega com grandes expectativas para continuidade das ações internas. “Viemos de um tempo de grandes restrições devido à pandemia, tivemos conquistas como a aprovação do plano do Rio Mampituba, mas entendemos que devemos caminhar mais na gestão das nossas bacias hidrográficas”, ressalta.

Com a contratação da nova Entidade Executiva, para o presidente, novos planos e metas deverão ser tradados dentro do Comitê. “Este contrato deverá trazer um novo ânimo para a gestão dos recursos hídricos, uma vez que ações e estudos para as águas subterrâneas já estão previstos para serem feitos e novos projetos estão sendo preparados. Fico muito grato por participar deste momento dentro do comitê e espero que tenhamos avanços significativos”, completa.

Conforme o coordenador geral da Entidade Executiva, Carlyle Torres Bezerra de Menezes, poder alinhar expectativas e necessidades neste momento de início da atuação conjunta é essencial para o bom desenvolvimento das futuras ações. “Dessa forma, conseguiremos atuar no que realmente a região precisa, contribuindo fortemente para que o Comitê consiga promover uma gestão cada vez mais efetiva, integrada e participativa dos recursos hídricos”, evidencia.

O encontro foi realizado de forma presencial na sede do Comitê Araranguá, localizada junto à Epagri do município. Participaram da reunião, ainda, o vice-presidente do Comitê Araranguá, Sérgio Marini, e a secretária executiva Luciana Ferro Scnheider.


Equipe

Durante a reunião, ainda foi oficialmente apresentada a técnica em Gestão de Recursos Hídricos da Entidade Executiva, que terá sua atuação focada nas ações do Comitê da Bacia Hidrográfica do Rio Araranguá e Afluentes Catarinenses do Rio Mampituba. Trata-se da engenheira ambiental e sanitarista Sabrina Baesso Cadorini, mestre em Ciências Ambientais.


Atuação da Unesc

A nova Entidade Executiva do Comitê Araranguá é formada por uma equipe vinculada à Universidade do Extremo Sul Catarinense (Unesc). A instituição teve seu projeto aprovado pela Fundação de Amparo à Pesquisa e Inovação do Estado de Santa Catarina (Fapesc), no Programa de Fortalecimento dos Comitês de Bacias Hidrográficas, por meio do Edital de Chamada Pública FAPESC nº 32/2022.

Com isso, desde dezembro de 2022, assumiu a posição nos três Comitês do Sul do Estado, que abrangem as Bacias Hidrográficas dos Rios Araranguá e Afluentes Catarinenses do Mampituba, Urussanga, Tubarão e Complexo Lagunar.