quarta-feira, 18 de dezembro de 2013

Retirada de seixo rolado do Rio São Bento mobiliza comunidade

O desequilíbrio do nível das  águas pode aumentar o risco de cheias, prejudicando toda uma população. É necessário consultar os órgãos responsáveis para a garantia de um desenvolvimento sustentável.


Membros integrantes do Comitê de Gerenciamento da Bacia Hidrográfica do Rio Araranguá participaram no início da semana, dia 17, em Siderópolis, da Audiência Pública convocada pela Fundação do Meio Ambiente - FATMA, por intermédio da Coordenadoria de Desenvolvimento Ambiental - CODAM. Em pauta, apresentação do estudo de Impacto Ambiental e seu respectivo RIMA para a atividade de Extração de Seixo Rolado do Rio São Bento, acima da barragem responsável pelo abastecimento público de 300 mil pessoas, com previsão da CASAN para atender até 700 mil.

O encontrou reuniu representantes do Ministério Público Federal, CASAN, Prefeitura Municipal de Siderópolis, Câmara de Vereadores, Departamento Nacional de Produção Mineral - DNPM e colaboradores da Empresa Geológica Engenharia, contratada pela Construtora Fernandes Ltda - CONFER, a fim de explanar o projeto da obra para a comunidade envolvida.

Os principais impactos para a natureza com a extração do Seixo foram tratados em um amplo debate, onde ficou evidente a preocupação com a poluição das águas, devido à quantidade de maquinário envolvido na obra; a velocidade das águas aumentando a capacidade do rio de carregar sedimentos devido à profundidade do seu leito, entre outros pontos relevantes como as técnicas de extração da CONFER e possíveis casos de negligência em uma obra de tamanha importância. Os benefícios herdados pela comunidade também foram questionados.

Para a Procuradora do município de Criciúma, Patrícia Muxfeldt, essa é uma atividade de extração mineral e requer uma atenção especial das autoridades responsáveis. "A população pode ficar tranquila que o Ministério Público vai cuidar para que nada venha ferir o bem estar da população e do meio ambiente da nossa região", garantiu.


Para o presidente do Comitê Araranguá, Davide Tomazi Tomaz, que liderou um grupo até a audiência, existem muitos riscos nas obras que alteram o curso dos rios, sendo de extrema importância o equilíbrio do ecossistema e a integridade da mata ciliar. "O desequilíbrio do nível das  águas pode aumentar o risco de cheias, prejudicando toda uma população. É necessário consultar os órgãos responsáveis para a garantia de um desenvolvimento sustentável", ressaltou.

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